quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Na Onda do "Wave 5" - O Maior Estudo Sobre Cibernautas Mundiais Ligados a Marcas


Cerca de 47% de todos os cibernautas do mundo está ligada a comunidades online de marcas, revelou o estudo "Wave 5 - The Socialisation of Brands", desenvolvido pela UM.
Outras conclusões apontam que a adesão mundial às redes sociais aumentou 10%, com 1.5 mil milhões de visitas diárias registradas. Paralelamente, 30% do acesso global à Internet são realizados via móbile.
De acordo com a investigação, 54% dos cibernautas portugueses já aderiram a comunidades online de marcas, algo que acompanha a média global (47%). Daqueles, 64% passou a ter uma opinião mais favorável em relação à marca, 63% considera que é mais provável vir a adquirir produtos dessa marca, 59% está mais fidelizado e 70% recomendariam a marca.
Os dados mostram que a "socialização das marcas" é "a maior mudança na forma como as empresas estão a comunicar com consumidores". 42% dos utilizadores portugueses de social media já se juntaram ou tornaram-se fãs de uma marca através dos seus perfis.
O uso de social media é um hábito cada vez mais enraizado no quotidiano dos cibernautas. No contacto com amigos, ferramentas como o telefone, email ou contacto cara-a-cara estão a perder terreno para estas redes, sublinha a UM.
"A Socialização das Marcas resume muito bem o momento que vivemos. Na UM acreditamos que as marcas devem, antes de mais, compreender os motivos e as motivações que levam os indivíduos a aderir ao social media, explica Pedro Baptista, diretor geral da UM.
"Só depois, então, fará sentido compreender estas plataformas. Acima de tudo, consideramos que a grande aposta das marcas deverá passar por ouvir os consumidores, algo que podemos chamar de social listening", acrescenta.
Comparando ao "Wave 4", o país europeu que registra maior crescimento na utilização de social media é a Itália, que duplicou o número de utilizadores (66%) e é hoje também aquele com maior oferta de redes sociais de amizade. No sentido oposto, o estudo identifica uma Alemanha céptica, muitas vezes vista como resistente a estas plataformas, com 38% de cibernautas membros destes novos media.
Em Portugal, a troca de mensagens é, ainda, a principal atividade (71%), seguida da partilha de fotos (64%), vídeos (33%), jogos (45%) e ativação de contatos profissionais (34%).
Uma das mudanças mais significativas está relacionada com o acesso a estas redes: Cerca de 30% dos cibernautas globais liga-se via móbile, algo ainda mais representativo entre utilizadores de smartphones.
A idéia de que as redes sociais são um meio dominado apenas por utilizadores jovens foi contrariada com o perfil de utilizador de smartphone registrado: mais masculino, maduro e rico.
No entanto, o estudo demonstra que os jovens apresentam, por seu turno, um maior envolvimento na interação com os seus pares, através da troca de mensagens e na partilha de conteúdos de imagem e vídeo.
O estudo "Wave 5" contempla um total de 37.600 membros de redes sociais e foi realizado em Julho de 2010.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O Papel da Reputação de Marca na Era da Colaboração

O que as empresas podem fazer para se recuperar quando a sua marca ou reputação é prejudicada, mesmo que a situação já esteja fora de seu controle?

A Toyota Hilux é uma pick-up bastante resistente. É tão resistente, de fato, que o programa de televisão britânico Top Gear tentou destruí-lo várias vezes dirigindo-o bruscamente escadaria abaixo, batendo-o em uma árvore, levando-o para o mar, batendo com uma bola de demolição, jogando-o ao fogo e colocando-o em cima de um bloco de apartamentos que foram destruídos em uma demolição controlada. Em todos os casos, o caminhão sofreu danos, mas ainda era capaz de arrancar com o mínimo de trabalho.

Sua invencibilidade pode ser um grande fator de construção de marca, mas também um obstáculo. Em outubro, a revista Newsweek perfilou a pick-up sendo utilizada por insurgentes no Afeganistão, Sudão, Paquistão, Nicarágua e outros países. Ela é hoje considerada por alguns como sinônimo de grupos rebeldes, um fato que a Toyota quer manter longe.

A Hilux é um exemplo de marca cuja reputação saiu do controle do fabricante. Hoje, a velocidade da informação só agrava o risco das empresas desenvolverem uma reputação negativa rapidamente. O que as empresas podem fazer para se recuperar quando sua marca ou reputação é prejudicada, mesmo que já esteja fora de seu controle?

A simples resposta é desenvolver uma forte reputação à frente de qualquer negatividade, diz Jessica Sharp, diretora da agência de relações públicas Maven Communications. "A reputação é construída ao longo do tempo", diz ela. "As pessoas, produtos e o conteúdo de uma empresa de caráter devem ter integridade durante todo caminho. Ser transparente é muito importante porque agora é tão difícil de esconder ou contornar as coisas".

Buzz e reputação não são sinônimos

Com a velocidade e o grande número de plataformas que a informação viaja hoje, as reputações podem ser melhoradas ou feridas em um período de tempo muito curto. Mas Alberti observa que às vezes, informações que geram muito buzz online podem não necessariamente prejudicar a reputação com os clientes. Ele utiliza a história do "Motrin Moms" como exemplo. Em 2008, a empresa criou um anúncio sobre quanta dor é causada pela mãe "vestindo" seus bebês em slings e outros tipos de transportadores. Algumas mulheres acharam o anúncio ofensivo e iniciaram uma ofensiva, com tweets negativos no Twitter, vídeos críticos no YouTube, e postagens negativas em outros sites sociais. A Motrin respondeu com um pedido de desculpas e retirou os anúncios.

Enquanto isso gerou muita publicidade, uma pesquisa com clientes da Motrin apontou que um alto percentual não se preocupou com o anúncio. Com as mídias sociais, "um problema pode parecer muito maior do que realmente é", disse Alberti. "Você precisa entender o que é significativo para você e seus clientes."

4 dicas de Gestão da Reputação

Não importa quanto trabalho preventivo fazem, as empresas precisam de ajuda para manter sua reputação. Sharp, da Maven Communications oferece algumas dicas táticas sobre como gerir uma marca quando ocorre uma situação negativa.

Esteja preparado.
Se possível, crie um plano de gestão da reputação bem à frente de qualquer crise. Isso inclui a criação de uma equipe de reparos cross-funcional, a decisão de quem será o porta-voz, e a criação de cenários de simulação para a prática de respostas.

Aponte as pessoas para o seu site.
Se possível, qualquer resposta pública deve apontar para uma mensagem dentro do seu campo de controle, como um site da empresa. Sharp diz que algumas empresas têm espaço para uso imediato no servidor, caso uma nova área do site precise ser ativada rapidamente.

Utilize o YouTube.
"O YouTube é um poderoso meio para se relacionar com clientes e acionistas de uma maneira pessoal", diz ela. As empresas não o utilizam suficientemente para se comunicar com os clientes.

Abrace as mídias sociais.
"Você não pode controlá-las, mas isso é normal", diz ela. Use-as para divulgar informações, receber feedback, e ouvir o que os clientes estão dizendo. Elas permitem a comunicação bidirecional. "Quaisquer meios que estejam sendo utilizados [para espalhar o sentimento negativo] são aqueles que você deveria usar também."

Sharp acrescenta que, em longo prazo, uma crise de reputação pode ser boa para ajudar uma empresa a evoluir. "Passar por uma crise ajuda as empresas a verem o que podem fazer para lidar com problemas futuros, fazer alterações e colocar as coisas em perspectiva". 

Por Elizabeth Glagowski, Gerente Editorial do 1to1 Media
Peppers & Rogers Group.

sábado, 11 de dezembro de 2010

4º Relatório Anual de Engajamento Digital do Consumidor

Um dos mais completos relatórios sobre o consumidor digital ressalta o quanto os últimos 12 meses estão alterando o modo como faremos negócios no futuro.
É uma fonte imprescindível para as empresas avaliarem suas estratégias de engajamento digital do consumidor.
Para uma melhor visualização click em "View on Slide Share".

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O Natal das Redes Sociais

Com certeza, uma das melhores e mais amplas possibilidades de utilização das redes sociais é a facilidade que temos de encontrarmos, mundo afora, pessoas criativas e talentosas. E, mais: termos a oportunidade de interagir com elas.

Neste contexto, transcrevo um recente post da minha (por que não dizer?) amiga Daniela Espírito Santo, jornalista da cidade de Porto, em Portugal.
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E se o nascimento de Jesus tivesse acontecido agora, com todas as tecnologias de que dispomos em pleno século XXI?

Toda a gente se queixa de que o Natal perdeu o significado... que, hoje em dia, o Natal é apenas o reflexo da sociedade consumista e que já ninguém dá valor ou conhece as "origens" do Natal.

Já todos ouvimos este discurso vezes sem conta, mas o que também é certo é que, para quem é crente, torna-se cada vez mais difícil explicar aos mais novos as origens da Natividade. 

 Pois bem, um vídeo criado por uma agência portuguesa especializada em marketing digital pode ajudá-lo na sua missão... ou simplesmente diverti-lo.

Usando as redes sociais e sites como o Google, Amazon ou Youtube, esta empresa criou um vídeo em que as origens da Natividade são explicadas de uma forma...digamos...mais moderna.

O vídeo já é, claro está, um sucesso, tendo sido visto, até à data, mais de 25 mil vezes. Se ainda não "esbarrou" com ele no Facebook de um amigo ou num twit, dê uma olhadela e partilhe. Vale mesmo a pena:





Por Daniela Espírito Santo
@DanielaESanto

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Relacionamento com Clientes - A Hora de Ser Relevante


Neste ultimo final de semana estive em Curitiba, participando do Fórum de Mídias Digitais e Sociais - FMDS e entre tantas apresentações e discussões ficou claro que as empresas, cedo ou tarde, terão que trabalhar o seu Marketing com o foco na relevância de conteúdos e, para ser relevante cada empresa/marca deverá conhecer de forma profunda os interesses e as necessidades de cada um dos seus clientes. Isso só é possível através de um trabalho planejado e profissional de relacionamento. CRM, Mídias Digitais, interatividade e monitoramento se confundem em um mosaico de atividades que visam não só prospectar novos clientes como também alcançar o maior número possível de novos "evangelizadores" da marca.
O fator humano é primordial nesse processo. De nada adianta ter as melhores ferramentas disponíveis no mercado para CRM e MKT de Relacionamento, se na retaguarda, principalmente na análise dos dados capturados e os comentários postados por consumidores nas redes sociais, Internet, fóruns online, blogs e outras portas de entrada, a empresa não possui profissionais de inteligência para bem analisar todos os conteúdos recebidos e a partir daí entender melhor o perfil de cada cliente, a concorrência e as tendências do mercado em que a empresa está inserida.
A dificuldade não é encontrar um profissional de SEO. Tem muita gente competente fazendo métricas por aí. O problema é encontrar profissionais de métricas e de inteligência de mercado ao mesmo tempo.
O tempo do "compre, compre, compre" ficou para trás. Vivemos um novo modelo em que as empresas são obrigadas a se relacionarem individualmente com cada consumidor para poderem satisfazê-los e a partir daí concretizarem suas vendas. O consumidor 2.0 é um ser inteligente e questionador e as empresas precisam de profissionais de inteligência para obterem sucesso  nas suas estratégias de atuação no mercado.
Por Renato Serra

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE E REDES SOCIAIS – "QUANDO UM NÃO QUER DOIS NÃO FAZEM”.


Porque as agências de publicidade não estão conseguindo pegar a “cauda do cometa” das redes sociais?
Tenho conversado com alguns profissionais de agências de publicidade e percebo que estão angustiados com as novas mídias digitais e suas funcionalidades quando o assunto é presença online de marcas e empresas nas redes sociais.
O que me faz pensar assim é o fato que com a maioria dos profissionais com quem falei e com o quais também tive a oportunidade de mostrar e esclarecer o trabalho que faço de gestão e monitoramento de marcas na Internet, me parece, ficaram mais angustiados, “elétricos”, quando se dão conta das infindáveis possibilidades de relacionamento e, consequentemente, de obtenção de informações individuais e manifestações de interesses e necessidade dos consumidores propiciam. Todos sabem, compreendem e falam: “Eu quero isso!” ou “O meu cliente precisa disso!”. Beleza! Mas demorou. Porque não faturam com isso? Percebo que não estão sabendo vender estes serviços.
Hoje em dia o bê-á-bá da coisa passa pela necessidade que as marcas têm de “escutar” os seus consumidores, entenderem suas necessidades e comportamento, absorverem o que estão falando (de positivo ou negativo) sobre elas e a partir daí desenvolverem seus planejamentos de atuação e relacionamento nas redes sociais, tendo como objetivo maior motivarem a geração de um maior número possível de clientes “evangelizadores” (aquele que “prega” o nome e as vantagens da marca favoravelmente para os seus amigos e seguidores).
Mas o que está faltando? Cito duas situações:
1ª) O empresariado ainda é relutante em investir nas redes sociais (por mais que seus filhos lhe cobrem uma presença online), seja por insegurança quanto aos resultados destes novos canais ou seja por um real desconhecimento sobre o assunto e todas as vantagens já divulgadas e observadas que são conquistadas quando uma marca investe com competência na sua presença online. E, colocando o “dedo na ferida”, podemos perceber certo despreparo, falta de conhecimento e informação por parte de alguns responsáveis pelo marketing das empresas. Ainda plenamente enraizados no conceito de que o investimento só é valido nas mídias de massa, sem a preocupação de entender a individualidade de cada consumidor;
2ª) A maioria das agências publicitárias ainda não fizeram investimentos na formação de profissionais capacitados para o trabalho de gestão, editoração e monitoramento das marcas de seus clientes na Internet. Não possuem interlocutores habilitados para negociarem e sensibilizarem as empresas a investirem nas redes sociais. Detalhe: tem sim clientes cobrando das agências, em caráter de urgência, esta prestação de serviço. Afinal também temos empresas cujos gestores já perceberam a importância das mídias sociais para as suas marcas e para o relacionamento com os consumidores.
Fato é que estamos falando de um mercado que é relativamente novo, ainda em ebulição e as pessoas estão correndo em busca de qualificação adequada para atuarem com competência, porém as agências de publicidade não estão no mesmo pique e perdem espaço para as novas agências digitais, que acolhem estes profissionais criativos e cheios de idéias e soluções na cabeça.
Arrisco-me a dizer que nas agências digitais o lema é outro: “Onde come um, comem dois!”.
Por Renato Serra
Gestor Sênior de Redes Sociais da IC Grupom




quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Brasil: Um mercado de 190 milhões de pessoas.

Resultado do Censo 2010 mostra que o ritmo de crescimento diminui e a população ficou mais velha e mais distribuída no território. O ritmo de crescimento diminuiu em relação á última década, mas a população brasileira está mais adulta e melhor distribuída no território nacional. Segundo os resultados oficiais do Censo 2010, a grande pesquisa populacional feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística neste ano, a população brasileira total é de 190.732.694 de habitantes (um número 12,3% maior do que o registrado no Censo do ano 2000).

Os dados confirmam a prévia que havia sido antecipada pelo IBGE há algumas semanas e apontam um forte predomínio da população urbana (84,32%) e também um amplo crescimento do fluxo migratório para as regiões Norte e Centro-Oeste, por conta, sobretudo, da ampliação do setor do agronegócio.

Outra característica apontada pelo IBGE é a acentuação de um maior número de mulheres no território nacional. Atualmente, o Brasil possui 3,9 milhões de mulheres a mais do que homens (51,04% da população total são mulheres e os 48,96% restantes são homens). A média de moradores por cada domicilio é de 3,3 pessoas (ligeiramente inferior do que 3,75, registrado em 2000).

A população idosa também cresce no Brasil. De acordo com o IBGE, vivem no País atualmente 23.760 pessoas com mais de 100 anos. Em relação à concentração populacional, São Paulo continua sendo a capital brasileira com o maior número de habitantes (11.244 milhões) seguida do Rio de Janeiro, com 6,3 milhões; Salvador, com 2,7 milhões; Brasília, com 2,5 milhões e Fortaleza, com 2,4 milhões.

Mais Internautas

Acompanhando o amadurecimento da população brasileira, o total de usuários de internet no País também vem se difundindo entre um maior número de pessoas. De acordo com um estudo sobre o uso da internet no País, feito semestralmente pela agência F/Nazca, 81,3 milhões de pessoas utilizam a web com frequência em seu cotidiano.

De acordo com a pesquisa, além de utilizar mais a internet, os brasileiros também estão utilizando a telinha do computador para atividades que antes só eram feitas diante da TV ou de outras mídias, como assistir a filmes, a programas de TV e ouvir músicas. Entre o universo pesquisado, 60% afirmaram já ter trocado alguma mídia tradicional pela internet em seu dia a dia. Segundo a pesquisa, entre a população superior a 12 anos de idade, o maior local de acesso á web são as lan houses (31%), seguido da própria residência (27%) e das casas de parentes e amigos (25%). Os jovens, da faixa entre 12 e 24 anos são os que navegam na web por mais tempo: uma média de 3 horas por dia.

Apesar disso, em relação ao consumo de notícias, as mídias tradicionais ainda tem uma boa vantagem em comparação com a web. Entre os entrevistados, 59% ainda preferem se informar sobre os acontecimentos gerais pela TV, enquanto 22% apontam a internet como a principal fonte de informações.

A web ainda não conseguiu, entretanto, modificar de maneira impactante os hábitos de compra. Entre os pesquisados, 77% afirmaram que ainda têm receio em comprar pela internet por medo de não receber o produto. Entre os 23% que declaram efetuar compras pela web, a frequência de negociações online é uma média de 4,2 vezes por ano e os artigos mais comprados são os eletrônicos, seguidos de livros e eletrodomésticos.

Fonte: Meio & Mensagem

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Após derrota, PMDB tem de estancar desidratação


Matéria publicada no jornal "O Popular", de 29/11/2010.

Após a quarta derrota consecutiva do PMDB na disputa pelo governo estadual, há quase um mês, o partido tem pela frente o desafio de estancar sua progressiva desidratação em Goiás. Análise dos números das últimas quatro eleições mostram que a legenda vem perdendo espaço ano após ano, fato que a aliança com o PT no primeiro turno e com o grupo governista no segundo turno conseguiu amenizar.
Apesar do sucesso nas últimas quatro eleições, os números mostram que o desafio de Marconi Perillo (PSDB) é manter a união da sua base, necessária para assegurar a supremacia eleitoral do grupo. Mesmo com a força adquirida por dois governos consecutivos e com a eleição de Alcides Rodrigues (PP) em 2006 - os dois romperam pouco depois - e a dificuldade do PMDB de se reestruturar, o tucano não conseguiu aumentar significativamente seu porcentual de votos nos últimos anos, mantendo praticamente a mesma margem na segunda disputa com Iris, o que comprova a importância da ampla base de apoio.
Tanto em 1998 quanto em outubro deste ano, Marconi e Iris tiveram no 2º turno da disputa praticamente o mesmo porcentual de votos. Contou a favor de Marconi na disputa mais recente a base ampla de partidos logo no primeiro turno e a campanha mais bem estruturada que a dos adversários. Iris, que obteve um resultado inferior ao de 1998 no primeiro turno, conseguiu reduzir a vantagem do tucano com o apoio de Vanderlan Cardoso (PR), que havia obtido 16,6% dos votos.
Se em 1998, Iris, mesmo sendo derrotado, conseguiu ter maioria dos votos em três das cinco grandes regiões do Estado - chamadas pelos institutos de pesquisa de mesorregiões, cuja divisão segue critérios estabelecidos pelo IBGE - em 2010 ele perdeu em todas. Levantamento organizado pelo Grupom Consultoria e Pesquisas, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das últimas quatro disputas eleitorais, mostra a evolução de tucanos e peemedebistas desde 1998.
Na primeira vez que enfrentou Marconi, o peemedebista conseguiu vencer - ainda que por margem apertada - nas regiões Sul, Noroeste e Norte. Foi derrotado porque perdeu nas duas regiões mais populosas: Leste, que abrange o Entorno do DF, e no Centro, que tem os três maiores colégios eleitorais (Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis).
Após 1998, o PMDB nunca mais conseguiu vencer em nenhuma das grandes regiões de Goiás, embora tenha neste ano mantido a liderança em Goiânia, o que também ajudou a reduzir a vantagem de Marconi. A capital foi tão fundamental para o PMDB que dos oito deputados estaduais eleitos pelo partido, cinco têm Goiânia como principal base política.
A análise das eleições mostra que Iris não conseguiu, após mais de cinco anos de gestão bem avaliada na Prefeitura, retomar seu capital político no restante do Estado e o PMDB não tem hoje outro nome com densidade eleitoral suficiente para encarar uma eleição ao governo. As lideranças do PMDB admitem que se o partido quiser voltar ao poder terá de buscar novas alianças e se fortalecer no interior. Algo difícil de ocorrer se Marconi mantiver, durante seu governo, seu grupo político unido.
Terceira via influencia, mas ainda é incipiente


Os dados das últimas disputas eleitorais em Goiás, segundo o diretor do Grupom, Mário Rodrigues Filho, atestam o quanto é sólida a polarização da política goiana, mas também evidenciam que os chamados "eleitores independentes" (pessoas que tendem a vota em candidaturas alternativas) podem decidir um pleito disputado por dois nomes fortes.Foi Vanderlan quem provocou o segundo turno na última eleição e seu apoio a Iris Rezende (PMDB) reduziu consideravelmente a vantagem de Marconi Perillo (PSDB). "Consolidou-se em Goiás uma faixa em torno de 20% dos eleitores que tende a buscar nomes alternativos à polarização entre PMDB e PSDB. É um grupo que não representa ainda uma quebra desta polarização, pois não é suficiente para eleger um candidato, mas pode fazer toda a diferença num 2º turno", explica Mário Rodrigues."Os votos que Iris teve nesta eleição representam uma espécie de teto que o PMDB tem desde 1998 até hoje, enquanto Marconi também se mantém no patamar em torno de 50% dos votos", afirma o diretor do Grupom. Candidato em 2002 contra Marconi, Maguito Vilela (PMDB) ficou com o que é considerado o piso do PMDB: cerca de 30% dos votos. Contra Alcides Rodrigues em 2006, Maguito teve um desempenho melhor, mas abaixo de Iris."Os números mostram que o capital político dos líderes conta mais do que o tamanho do partido. Maguito tem capital menor que Iris e foi derrotado por Marconi ainda no primeiro turno. Alcides conseguiu se eleger com o apoio de Marconi, mas se a disputa fosse com Iris o risco de derrota do governador seria grande", pondera Mário.Para romper o teto de votos, tanto PMDB quanto PSDB teriam de fomentar o surgimento de novas lideranças e agregar maior número de aliados. A alternativa do PSDB seria reestruturar a antiga base, buscando se reaproximar das alas do PP, PR e PSB que se afastaram. Ao PMDB, restaria manter a aliança com PT.

Por Bruno Rocha Lima

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nanopublicidade é a Evolução do "One to One"



Nanopublicidade não é a invenção da roda, mas como a roda pode girar melhor para obter mais resultado junto ao target e ainda minimizar os custos, é uma forma mais eficiente de fazer publicidade na era pós digital.

A Nanopublicidade integra um grande número de disciplinas como marketing, propaganda, psicologia, antropologia (etnografia) e tecnologia. Nem todas as pessoas estão preparadas para entender um conceito que, apesar de simples, exige um número tão grande de profissionais para viabilizar a solução. E por quê? Simplificar um problema complexo é uma tarefa que exige disciplina e inteligência.

No marketing 1 to 1 (one to one), conceito criado por Don Peppers e Martha Rogers em 1994, a marca se comunica de forma diferenciada com cada pessoa:

“Os clientes são diferentes; ignorar ou desconhecer essas diferenças não os faz todos iguais. Os clientes são diferentes em seus valores para a empresa e em suas necessidades”.
 
Quando o conceito 1 to 1 era difundido mundo afora em 1994 (sinônimos como marketing direto, marketing de relacionamento, CRM), a internet surgia como um canal comercial, portanto acessível para marcas e consumidores.

O que não se imaginava na época era que um indivíduo em um meio digital representa vários indivíduos, ou seja, o consumidor Roberto no MSN é diferente do consumidor Roberto no Facebook ou no Linkedin.

Estamos falando do mesmo indivíduo que representa três consumidores completamente diferentes. É ai que entra a Nanopublicidade – ela não estuda o indivíduo, mas os nano-nichos que esse indivíduo faz parte como consumidor. Usamos a etnografia para validar os diversos nano-nichos que compõem cada nicho da marca.

Da mesma forma, Nanopublicidade não é long tail. Não se trata de detectar nichos de mercados, mas de criar publicidade de forma nano para cada nicho e suas divisões menores. É dessa forma que marcas mundo afora estão fazendo Nanopublicidade e vencendo concorrentes que mal percebem que continuam investindo a maior parte de sua verba em mídias de massa ou ainda estão na era do marketing one to one.

Enfim, será que o consumidor está mais preocupado em receber um comunicado personalizado, mas sem profundidade, ou preocupado que a marca realmente entenda suas necessidades, seu nano grupo e que se comunique com ele na mesma língua?

A Nanopublicidade acredita na segunda opção.

Por Roberto Guarnieri

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Universo Conspira a Nosso Favor, Basta Observar os Sinais.

Este foi um ano particularmente muito difícil para mim em várias circunstâncias, porém tenho como filosofia de vida sempre acreditar que as dificuldades surgidas possuem uma razão de ser e acontecer e que o importante é não deixarmos de acreditar, ter sempre fé que com o trabalho, amor e  equilíbrio os caminhos de nossas vidas se renovam.

Dentro deste contexto, encontrei um texto do Paulo Coelho que me motivou uma reflexão e renovou esperanças. Quero compartilhá-lo com vocês:

"De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: Mas qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais. Geralmente, quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais que podem ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa! Basta você acreditar que nada acontece por acaso!

E talvez seja por isso que você esteja agora lendo estas linhas... Observe melhor o que está à sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento."
Paulo Coelho

Paz e bem!  

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

RockMelt, O Novo Navegador Se Aproxima das Redes Sociais

Com as redes sociais, surge uma outra forma de navegar na internet - uma tendência que pode dar mais fôlego à guerra dos browsers pelos usuários. Dezesseis anos depois de Marc Andreessen ter revolucionado a rede com a criação do seu Netscape, ele retorna com mais uma aposta: o navegador RockMelt - que estará disponível pela primeira vez nesta segunda-feira (08/11).
O navegador, construído sobre a premissa de que muitas atividades na internet irritam o usuário, tenta minimizar a necessidade de andar de um site para o outro correlacionando todas as informações vitais e novas janelas.
- Essa é nossa chance de construir um novo browser novamente - disse Andreessen, que desenvolveu o RockMelt de uma forma diferente do Netscape, que perdeu espaço para o Internet Explorer, navegador da Microsoft.
Com investimento de US$ 10 milhões, o RockMelt somente funcionará se o usuário tiver uma conta no Facebook - uma restrição que abre espaço para o navegador crescer: afinal, a rede social conta com 500 milhões de usuários.
O novo browser também garante maior interação com o Twitter. O RockMelt inclui uma ferramenta que mostra resultados de pesquisas do Google, além de ter um espaço reservado para a lista de sites favoritos, que traz notificações automáticas quando um deles é atualizado. As preferências do usuários podem ser usadas mesmo de um outro computador que tenha o navagador.
O RockMelt começa com uma meta que não é tímida: espera atrair um milhão de usuários, que podem solicitar o acesso pelo www.rockmelt.com .
- Não acredito em mercado maduro. Eu acredito que mercados estão apenas maduros quando faltam produtos inovadores - afirmou Andreessen.
Nenhum navegador chegou perto de ultrapassar o domínio do Internet Explorer - que possui 60% do mercado, segundo uma empresa de pesquisas, a Net Applications. O Mozilla detém 23%, numa distante segunda posição. Já o Chrome tem 9%.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os Segredos dos Vídeos no Marketing Viral

O marketing viral está na moda. Os videocasts e os podcasts tornaram-se ferramentas importantes e efetivas no mercado do marketing viral. Mas a pergunta que muita gente anda fazendo é “Por que alguns vídeos fazem sucesso e são propagados espontaneamente na internet?”
De acordo com a Wikipédia, um Video Viral é todo e qualquer video que atinja uma grande popularidade, baseada na propagação através de redes sociais, mensagens instantâneas, e-mails, etc. Os vídeos virais são vídeos que adquirem um alto poder de circulação na internet, alcançando grande popularidade. Portanto, criar um vídeo viral pode ser bem complexo. O video viral tem que captar a atenção total e apelar ao sentimento do usuário, incutindo nele a vontade de divulgar para outras pessoas.
Um case legal de marketing viral é o filme da SEARA criado pela agência Africa, estrelado por Robinho, Neymar e Ganso dançando a música ‘Single Ladies’ da Beyonce. Não tem nada a ver com presunto ou mortadela mas é perfeito: música e cantora de sucesso e jogadores futebol em destaque em pleno ano de copa do mundo. Resultado: quase 2 milhões de exibições em pouco mais de uma semana.
Dan Arckman, dono da agência The Comotion group, que usa e abusa do marketing viral nas campanhas que cria para seus grandes clientes, listou algumas dicas sobre o assunto:
- Vídeos virais não podem ter cara de vídeo viral, e muito menos de publicidade.
- Conteúdo não é o único responsável: ele brinca usando a expressão "content is NOT the king" em referência à máxima na internet que diz que tudo depende do conteúdo. Sim, alguma coisa depende, mas outras características também são importantes, como duração (nunca mais 30 segundos), capacidade de ser remixado, não ter a cara de publicidade etc.
- Consiga chegar na página dos vídeos mais vistos: segundo ele é o grande lance. E para isso contrata gente para postar em blogs e foruns, cria usuários fakes etc.
- Trabalhe bem os títulos: títulos como "por trás das cenas", "chocante" etc. captam a atenção dos usuários e geram mais cliques.
-Trabalhe os Thumbnails: ele coloca sempre um frame inusitado exatamente no meio da edição (valendo inclusive abusar dos talentos físicos de modelos mais desinibidas), aproveitando uma funcionalidade do Youtube de congelar o filme no meio e exibir no thumbnail como um still.
- Inicie conversações na caixa de comentários: aqui ele admite que usa e abusa de usuários fakes. Segundo Dan, a audiência se empolga ao ver brigas de trolls e usuários inflamados.
- Lance todo seu material simultaneamente: um cliente uma vez disse que ia lançar toda semana um vídeo diferente. O conselho aqui é lançar todo o material no ar de uma vez só, lembrando sempre que a caixa de vídeos relacionados está ali para isso: aumentar a exposição da marca.
- Tagueamento estratégico: outra grande dica. Invista em tags que ninguém mais usa e repita as mesmas tags em todos os vídeos da campanha, explorando assim, mais uma vez, a caixa de vídeos relacionados.
- Medição eficaz: ele termina com a indicação de duas ferramentas para medir a eficiênca das campanhas: o TubeMogul e o VidMetrix.

Por Carolina Alvares



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Ouvindo Através das Mídias Sociais.

Um dos principais benefícios de todas as conversas que estão acontecendo online é o insight gerado como resultado. As empresas podem "escutar" o que os clientes, prospects, analistas e outros estão dizendo sobre seus produtos ou serviços, seus concorrentes, tendências e muito mais. O desafio é descobrir o que se deve acompanhar e quem na empresa será responsável por essa atividade.

De acordo com o relatório da Forrester Research "Tendências de 2010: Ouça as Plataformas" a única constante é a variedade. Os executivos entrevistado s monitoram diversas variáveis, incluindo os seus concorrentes, a indústria e seus produtos. Cerca de 40% dos inquiridos acompanharam um número inferior a 25 tópicos, enquanto cerca de um quinto acompanhou mais de 200. O desafio, segundo o relatório, é que as grandes empresas precisam de recursos significativos para controlar o volume de dados relevantes para eles, o que pode realmente fazer com que optem por controlar menos tópicos, enquanto as pequenas empresas podem ampliar a abrangência dos temas que desejam acompanhar, tendo em vista que o volume total é realmente menor.

O responsável pelo o controle dessas interações sociais varia de caso a caso. Quase 40% daqueles que acompanham e escutam as plataformas estão na área de marketing, um quarto está na equipe de pesquisa de mercado, quase 20% trabalham em comunicação corporativa e relações públicas, e 10% fazem parte da equipe de análise de marketing e análise de clientes. Não surpreendentemente, há um alinhamento com as demais funções da equipe que fará o monitoramento. Por exemplo, a equipe de relações públicas observará eventuais crises, enquanto a de pesquisa de mercado acompanhará os insights dos clientes.

Felizmente, escutar essas mídias se traduz em informações úteis. As empresas utilizam o insight recolhido do acompanhamento das plataformas para vários objetivos. As quatro principais são: monitoramento do concorrente, monitoramento da marca, pesquisa de mercado e identificação de crises. A mensuração de marketing e monitoramento do influenciador estão empatados em quinto lugar.

Estratégias para escutar as mídias sociais estão determinadas a evoluirem à medida que as organizações desenvolvam suas próprias mídias sociais e seus objetivos ao escutá-las. De fato, 52% dos entrevistados acompanham e escutam suas plataformas há menos de um ano. Além disso, de acordo com o relatório, a maioria das estratégias de monitoramento são reativas, atualmente, poucas empresas estão ouvindo as mídias sociais para gerar as decisões de negócio ou marketing. Aí está onde reside a verdadeira oportunidade.

Por Ginger Conlon, diretora editorial do 1 to1 Media

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Uma Revolução "Arrasa Quarteirão".

É incrível que ainda existam pessoas e empresas que acreditam que as mídias sociais são apenas um modismo, uma mania!
Os números, avassaladores (veja o vídeo deste post), são a clara tradução que as mídias sociais compõe um quadro revolucinário na forma de nos comunicarmos e interagimos.
A cauda é longa, mas a apatia retarda e é burra! Tá esperando o quê?
Aprecie, sem moderação!

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Inteligência Competitiva e a Integração com Marketing e Redes Sociais

Para cada uma das mídias sociais, há uma aplicabilidade que pode ser utilizada pela área de IC. É sobre o que fala Daniela R. Teixeira, especialista em Inteligência Empresarial.

No artigo anterior, mostramos que a integração da Inteligência Competitiva com a área de Vendas começa a ganhar força quando há uma troca de informações constante, periódica, gerenciada e, se possível mensurada. Usamos um caso real para mostrar como isso pode acontecer no ambiente corporativo.

O presente artigo vai mostrar como a Inteligência Competitiva pode se beneficiar com práticas integradas de Redes Sociais. Para contextualizar o assunto no ambiente corporativo, vamos começar com um panorama geral das Redes Sociais nas ações de marketing.

Redes Sociais nas ações de Marketing

Redes Sociais é sobre como “montar um plano para sua empresa inovar em rede, preencher os elos ausentes entre as comunidades da sua empresa, criar interconexões e interações, facilitar laços interpessoais, sincronizar comportamentos, comunicar informações, interconectar pessoas, influenciar o espectro completo da discussão sobre gestão de conhecimento e gestão da inovação. Resumindo, sua empresa trabalhará em rede, nas redes, sem barreiras.” Gosto muito dessa definição do Gil Giardelli por não colocar as redes sociais apenas no patamar de ferramentas como o Linkedin, Orkut, Twitter, Facebook, You Tube e por aí vai.

Infelizmente, há empresas que pensam que por marcarem presença no You Tube e Twitter estão desenvolvendo um trabalho de redes sociais. Há questões importantes a serem avaliadas como o monitoramento periódico do que estão falando sobre a sua empresa nessas redes sociais e, antes disso, traçar uma estratégia, ainda que de curto prazo, para a inclusão da sua empresa nas redes sociais. Isso inclui priorizar as redes sociais que serão monitoradas com maior frequência.

Hoje, as redes sociais são tema de destaque na mídia e já existem algumas empresas desenvolvendo um trabalho integrado na inclusão das redes sociais nas ações de marketing.

Embora as empresas já estejam cientes da importância da web 2.0 e das redes sociais, os resultados mostram que esses meios ainda são pouco utilizados pelas empresas.

Em recente pesquisa publicada pela REVIE Inteligência e MBI com 84 (oitenta e quatro) empresas participantes, apenas 12% indicaram utilizar redes sociais abertas nas ações de Marketing e Comunicação com clientes, parceiros, fornecedores ou provedores de serviços. A conclusão é que ainda há poucas empresas no Brasil alcançando resultados e se beneficiando com ações em conjunto, englobando as redes sociais e marketing.

Os fóruns de discussão estão entre os mais citados para ações de Marketing e Comunicação com clientes, parceiros, fornecedores ou provedores de serviços.

Isso porque é comum termos profissionais das empresas ‘infiltrados’ em fóruns de discussão. Essa estratégia, se bem conduzida, pode ajudar nas vendas, na imagem da empresa e na divulgação de lançamentos dos serviços/ produtos.

O You Tube e o Twitter também são poderosos como ferramentas de marketing, mas se a empresa se expor de forma inadequada, essas redes sociais podem prejudicar a empresa, em vez de ajudá-las em marketing e vendas.

Inteligência Competitiva e as Redes Sociais

“Um dos grandes desafios das instituições é organizar informações em uma sociedade faminta de sentidos e obesa de informações”.

Embora essa frase do Paulo Nassar não seja específica para uma área, resume exatamente o que temos em Inteligência Competitiva: muita informação desconexa que precisa fazer algum sentido; muita informação que precisa ser transformada em oportunidades, estratégias, planos e ações para as empresas.

Um gerente administrativo me perguntou esse ano quais eram as principais qualidades de um profissional na área de Inteligência Competitiva. Disse sem pensar: ser organizado, ter boa memória e alta capacidade analítica.

A organização evita a perda de tempo na busca da informação. Quantas vezes você já ouviu ou já falou: eu salvei isso em algum lugar. Já a memória é peça chave no cruzamento de dados e informações para análises assertivas.

Para trabalhar com tanta informação e ainda monitorar o mercado e a concorrência nas redes sociais, o profissional de Inteligência Competitiva vai precisar de tudo isso: organização, memória e alta capacidade analítica.

Com a emergência das redes sociais no ambiente corporativo, o profissional de Inteligência Competitiva tem mais uma ferramenta poderosa a seu favor.

Costumo dizer para as empresas que nos procuram: se as ferramentas de redes sociais forem bem utilizadas no ambiente corporativo, vai trazer benefícios não só para a área de Inteligência Competitiva.

Tudo começa com a escolha de uma estratégia, uma forma de trabalho para inclusão das Redes Sociais no trabalho da área de Inteligência Competitiva. Uma das etapas fundamentais é mapear os principais concorrentes e as redes sociais nas quais pertencem ou atuam de forma mais pertinente. Podemos fazer também uma matriz para comparar as redes sociais da empresa com a de seus principais concorrentes.

Como exemplos de ações concretas que temos orientado os nossos clientes: podemos encontrar informações faltantes sobre um concorrente no Linkedin; podemos encontrar informações sobre o lançamento de um produto rapidamente no Twitter, antes de iniciarmos uma investigação mais apurada da área de Inteligência Competitiva. Ou ainda: podemos visitar o Orkut e checar o que andam falando da empresa x dos principais concorrentes.

Para cada uma das ferramentas de redes sociais, há uma aplicabilidade de situação que pode ser utilizada pela área de Inteligência Competitiva. Cabe a nós, profissionais de Inteligência, decifrar qual delas é a mais adequada, para qual situação, uso e periodicidade.

Há um universo imenso de possibilidades para as empresas serem bem sucedidas nas suas ações de Inteligência, Marketing e Vendas. A imersão nas redes sociais é um dos caminhos.

Por Daniela Ramos Teixeira - Diretora da REVIE Inteligência Empresarial, empresa de consultoria e tecnologia em Inteligência Empresarial e Inteligência Competitiva. www.revie.com.br

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Marketing Digital - E o "Dia do Cliente 2.0"?


Hoje, 15 de setembro, é celebrado o “Dia do Cliente”. Bom, então parabéns para mim e parabéns para você, pois afinal, todos nós somos clientes. Compramos, consumimos, ficamos felizes ou decepcionados com as opções de compras que vamos fazendo pela vida afora.
Porém, parei para refletir se eu sou um cliente “feliz”, se costumeiramente estou contente com os produtos/serviços que adquiro; se as empresas/marcas com as quais mais consumo me tratam bem e reconhecem o meu valor. Fiquei deprimido!
Possuo cartões de várias empresas como Lojas Renner, C&A, Carrefour, Saraiva, Centauro e, lamentavelmente, elas não me tratam tão bem como eu queria e até mereceria. Nenhuma delas jamais procurou obter de mim informações sobre as minhas necessidades e interesses. Sou cliente C&A há mais de vinte anos e com certeza eles não sabem se eu prefiro uma cueca Box ou uma do tipo slip. A Renner até sabe a data do meu aniversário, mas quem disse que na véspera dele ela me envia alguma mensagem me dando os parabéns e oferecendo alguma oferta relevante para me agradar, incentivar o consumo e reconhecer o nosso relacionamento.
É aí que o “bicho pega”. Que relacionamento? Eu ir comprando, comprando e comprando e nada mais acontece. Só eu me “relaciono” com o meu dinheiro? É ruim, em?
Esse é o grande erro. As empresas não sabem ou não querem investir nos relacionamentos com os seus clientes. O problema é que os clientes mudaram de perfil, estão como eu, mais exigentes e seletivos. Podemos consumir, mas queremos ser ouvidos, sonhamos com um atendimento mais personalizado e de acordo com os nossos interesses (não me envie uma oferta de um DVD de Axé, se eu odeio Axé. Eu quero uma oferta de DVDs de Rock! Sabia?).
Gosto de sanduíches e consumo de todos os tipos, mas se eu começar a receber por e-mail ou por DM do Twitter mensagens do Burger King me informando que tem uma oferta especial para de um determinado sanduiche ou combo, é natural que eu comece a dar prioridade de consumo a eles, por conta da satisfação gerada pelo relacionamento e as vantagens que este relacionamento me oferece. Que vantagens? Para mim, além de eu me sentir valorizado, recebo ofertas e promoções especiais e relevantes. Para a marca a vantagem é que ela pode estar conquistando um cliente fiel, que tende a consumi-la mais e ainda indicá-la para outras pessoas. A tão sonhada e cheia de credibilidade propaganda boca-a-boca.
Ok, tudo bem, hoje é o “Dia do Cliente” e podemos até batermos algumas palmas, mas é pouco! Queremos muito mais. Que tal as empresas e marcas entenderem e investirem no “Cliente 2.0”. Pois é, nos dias de hoje, com tantas pessoas conectadas e participantes das mídias sociais, ficou muito mais fácil para as empresas se relacionarem com os seus clientes e melhor satisfazê-los.
Sou um “Cliente 2.0” e só vou ficar feliz quando as marcas que eu consumo entenderem isso. Mais do que uma relação pura de consumo, eu quero manter relações de parcerias com as marcas. Que tal uma relação “ganha-ganha”?
Se liguem aí empresas! O ano é 2010 e os seus clientes também vivem na mesma época. Corram atrás deles! Existe uma grande variedade de meios para que vocês consigam interagir com relevância no relacionamento com os seus clientes. Estamos esperando, ansiosamente, para aí sim comemorarmos o “Dia do Cliente”. 

Por Renato Serra

sábado, 7 de agosto de 2010

As Redes Sociais e os Nossos 3 "Eus"

Eu aqui, precisando escrever algo para o Blog e me lembrei do conteúdo de uma twittada que dei outro dia... Na verdade uma questão levantada sobre o fato de hoje em dia possuirmos 03 “eus”: o “eu real”, o “eu público” e o “eu virtual”.
Ando refletindo muito sobre como as redes sociais têm interferido na vida daqueles, como eu, que são seus fiéis adeptos. Muito se diz, tudo se cogita, mas nada se conclui porque cada um de nós é único em seu universo e  no seu modo de se relacionar com os outros, seja no mundo online ou não.
Fato é que eu realmente passei a possuir esses 03 “eus” de uns tempos pra cá. O meu “eu real” é aquele que só eu tenho acesso a ele. Ele está comigo o tempo todo. Sou eu quando estou comigo mesmo. Posso dizer que sou eu com a minha consciência.
Já o meu “eu público” é representado pela minha pessoa que se apresenta ao mundo físico, no meu dia-a-dia, nas minhas relações pessoais e profissionais.  Este eu, como o nome já diz, é público e o universo de pessoas que me conhecem pessoalmente é amplo, ligando o presente e o passado.
Mas e o meu “eu virtual”?  Quem é esse cara? Que imagem minha ele pode estar transmitindo para os outros? Entendo que ele vai muito mais além do que os meus dois “eus” citados anteriormente.
Ok, esse cara também sou eu! É aquele que vive conectado, postando idéias, links, vídeos, musicas. É aquele que igualmente interage com outros “eus” virtuais. Mas não se engane! O meu “eu virtual” não permite que você possa dizer: “Eu conheço o Renato”.
Você interage com aquele meu avatar do Twitter, do Facebook e outros. Creio até que você pode ter mesmo uma percepção bem realista de quem eu sou através das redes sociais que participo, mas é aí que mora o perigo. As pessoas começam a acreditar que se conhecem por conta daquilo que se digita ou se compartilha na WEB.
Não se iluda! Nem eu e nem você somos apenas o que as nossas imagens nas redes sociais podem expressar para os outros. No Twitter, por exemplo, eu tenho um foco muito mais profissional do que pessoal e quando me libero para mostrar um conteúdo mais pessoal isso é ainda insignificante perante os dois outros “eus” que possuo. Não acredite e nem diga que você me conhece por conta da existência de uma infinidade de avatares meus que pipocam por aí nas redes sociais.
Não estou renegando as redes sociais, muito pelo contrário. Sou um ávido participante e me faz muito bem poder interagir e compartilhar idéias e conteúdos com uma infinidade de pessoas. O que penso ser importante com relação as redes sociais é nunca deixarmos de perceber que elas são feitas por pessoas e não por avatares.
 Para mim uma rede social só atinge a sua finalidade quando ela promove um encontro de verdade entre seus membros. Migra do virtual para o real. Um encontro pessoal que pode ser a dois ou em grupo. Que pode ser motivado por lazer ou mesmo pelo surgimento de uma oportunidade de negócio entre pessoas que possuem convergências de idéias e de interesses.
Quando uma rede social da qual participo alavanca um encontro pessoal meu com algum de seus membros, eu consigo promover a integração dos meus 03 “eus”, pois o “eu virtual” estará existindo até o momento em que ser der o encontro, passando aí o “bastão” para o meu “eu público” interagir (que agora sim irá permitir a outra pessoa dizer que me conhece). Antes, durante e depois entrará em cena o meu “eu pessoal” vivenciando a ansiedade da expectativa do momento, o direcionamento da minha conduta pessoal durante o evento e, ao final, ele estará refletindo comigo sobre tudo que aconteceu e poderá acontecer daí para frente.
Não tenho qualquer preferência por qualquer um dos meus 03 “eus”. Todos são importantes em separado ou quando podem estar próximos, porém, confesso que sou fã do meu “eu virtual” e adoro conviver com ele e usufruir das possibilidades que ele me oferece. Por isso desejo vida longa as redes sociais e as integrações que elas nos permitem.
Vida que segue no real, no virtual ou em ambos.
Por Renato Serra