sexta-feira, 30 de abril de 2010

Apresentação: O Poder das Mídias Sociais

O Poder das Mídias Sociais é uma ótima apresentação do publicitário André Telles, autor do livro "Orkut.com Como você e suas empresa podem tirar proveito do maior site de relacionamento do Brasil".
A apresentação mostra a diferença entre redes sociais e mídias sociais, que é uma dúvida que assombra muitas pessoas e apresenta as diversas mídias sociais e suas ferramentas mais importante.
Vale a pena conferir:

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Cuidado com a "Pegadinha do Malandro" no Marketing Político

Não temos como falar sobre o mundo publicitário em 2010, sem passar por Copa do Mundo e Eleições... 
 
Eleições! No ano passado, no evento Efeito Obama, estive com Ben Self, estrategista da campanha digital de Obama e "futuro" responsável pela campanha digital da Dilma Rousself. Em sua palestra, Shelf destacou o potencial do celular lembrando as mais de 160 milhões de linhas ativas de celular (números da época, atualmente já passamos dos 175). Chegou até a falar que o "canal" celular só perde para a TV aberta...


Muito bom ouvir esse tipo de colocação, mas devemos ter cuidado e nos atentar a alguns detalhes. Utilizar o celular para atingir as massas deve ser via Voz ou SMS e é exatamente por isso que para mim o opt-in é o principal ponto de discussão aqui. 


Em relação a voz nem preciso me aprofundar muito, o telemarketing já está aí para pontuar a opinião dos usuários sobre este tipo de serviço. Falando sobre SMS... Imagine só um petista recebendo uma mensagem no estilo "vote Serra" em seu celular. Acho que ele não ficaria muito feliz! 


Vou bater na velha tecla: apesar de ser uma mídia de massa, o celular é muito pessoal e isso se agrava quando o assunto é política. Opt-in genérico definitivamente não pode ser levado em consideração quando o assunto é Política, Religião, Sexo ou Futebol. 


Dentre os players que não gostam de frustrar os usuários de celular, as operadoras aparecem em destaque. Voltando ao exemplo do nosso amigo que recebeu o SMS do "Vote Serra", se ele fosse reclamar com alguém, com certeza o call-center da operadora apareceria com uma de suas primeiras opções. Por causa disso um projeto de opt-in genérico, além de não agradar os usuários, provavelmente não seria aprovado pelas operadoras!


Uma alternativa que vejo com muito bons olhos é o opt-in ativo, no qual o usuário deve enviar uma determinada palavra-chave para um número curto e assim começará a receber conteúdos via SMS do seu candidato. 


Por exemplo, quem enviar Serra para 45455, começará a receber SMS com propostas, lembretes de quando o candidato for aparecer em algum canal de televisão, lembrete de visitas do candidato na sua cidade, etc. O assunto das mensagens pode ser segmentado e o tipo de informação oferecida pode ser dos mais variados.


Este formato me lembra muito o Twitter e seus 140 caracteres. Eu, por exemplo, passei a gostar mais do Serra após começá-lo a seguir no Twitter, me senti mais próximo! Inclusive, mesmo com centenas de perguntas, todos os dias ele responde para algum anônimo. Só para registrar, eu escolhi seguir o Serra e é assim que acho que deve funcionar em relação ao SMS... As pessoas devem escolher de quem querem, ou não, receber as mensagens. 


Para divulgar este "serviço", não faltam oportunidades. Os políticos devem aproveitar e mobilizar todas as mídiasque dispõem. Colocar chamadas nos horários políticos, nas propagandas de TV, rádio, no site e por ai vai...


Para mim este opt-in ativo, somado ao formato de "pílula", é uma solução matadora.


É claro que além dos SMS, temos outros formatos que podem ser explorados pelos partidos. Internet Móvel, aplicativos, Bluetooth, "santinhos" pelo celular, QR codes. Isso sem contar os diferentes formatos de mídia, se é que eles poderão ser utilizados... 


Um bom exemplo, que merece destaque, é o aplicativo do Obama para iPhone. Entre outras funcionalidades, ele se integrava com a agenda do celular e iria selecionando com quais pessoas da sua agenda você já tinha falado na tentativa de convencê-los a votar no Obama. Muito bacana! 


Para finalizar, gostaria de falar para todos aqueles que vão trabalhar de alguma maneira em alguma campanha, para que não caiam na "tentação do Malandro". Em 2008, o então candidato a vereador pelo PTB, Sérgio Malandro, disparou um "broadcast SMS" convocando os eleitores a votarem nele (obviamente, nenhum deles tinha autorizado o recebimento das mensagens).


Nem preciso dizer a minha opinião sobre o assunto, né? Além de ser ilegal, o opt-in passou longe desta ação! Existem algumas palavras-chave para a utilização do mobile marketing em campanhas políticas: relevância, freqüência, engajamento, etc. Mas a palavra que não pode sair da cabeça de quem estiver por trás dessas campanhas é "opt-in"!

Obs.: O opt-in é o termo empregado para as regras de envio de mensagens que definem que é proibido mandar e-mails comerciais/spam, a menos que exista uma concordância prévia por parte do destinatário.
 
Marcelo Castelo - sócio-diretor da F.biz. Editor chefe do portal http://www.mobilepedia.com.br.

domingo, 25 de abril de 2010

Net-Ativismo - Cidadãos 365 Dias Por Ano


A política como conhecemos hoje pode ser, muito em breve, um retrato embolorado na parede. E o político profissional, um desempregado irremediável, com saudade dos "bons tempos" pré-internet. Não, essa não é a última do admirável mundo novo. É a opinião de alguém que o acompanha com olhos de cientista: o sociólogo italiano Massimo di Felice. Doutor em Ciências da Comunicação, especialista em mídias digitais, ele leciona Teoria da Opinião Pública na Escola de Comunicação de Artes da USP. Acredita que a humanidade vivencie neste momento algo tão grandioso quanto o surgimento da prensa de Gutenberg no século XV: é o tempo em que a web vai levar ao desaparecimento do tipo de política e de político que existem hoje.
Para afirmar isso ele não leva em conta apenas a tecnologia em si, gelada em seus inesgotáveis twitters, orkuts e facebooks. Seu objeto de análise é a nova realidade que está nascendo daí, vertiginosa e quase silenciosamente. "A internet e as redes sociais online estão criando uma nova democracia e uma nova opinião pública." O que é particularmente interessante em temporadas como esta, de caça à tal opinião pública empreendida pelos institutos de pesquisa que tentam medir os humores e os pendores eleitorais dos brasileiros.
Mas alto lá com os antigos conceitos, previne Di Felice. "Essa opinião pública que está surgindo não quer ser chamada a opinar apenas de quatro em quatro anos. Ela participa, colabora, difunde ideias para mudar seu território cotidianamente. É cidadã 365 dias por ano. Está fazendo acontecer o que os políticos só prometem." O efeito imediato disso - para as eleições presidenciais de outubro - será mínimo, ele reconhece, dada a predominância, ainda, da opinião pública televisiva no País. Mas no futuro será algo decisivo.
Na entrevista a seguir, Di Felice empreende um passeio pela história e o desenvolvimento da opinião pública e, otimista, explica aonde, agora cada vez menos analógica, ela pode nos levar.

O que é opinião pública?
É um conceito que nasceu com a substituição da sociedade feudal pela sociedade a contrato social. Nasceu com a destruição do modelo baseado no rei que era rei por ter sido colocado no trono por Deus (e, por isso, emanava leis inquestionáveis) e com o surgimento dos primeiros mercadores que deram origem à burguesia. Foi uma passagem econômica, social, cultural e política. A sociedade que nasce daí não é mais assentada em valores divinos, "justos", e sim em códigos racionais, que tem mais a ver com a necessidade de organizar as coisas ao gosto da nova classe que ascende ao poder e vai fazer leis para defender seus interesses. Serão, portanto, leis "injustas". Mas, como elas podem ser questionadas, afinal não vieram do poder divino do rei, haverá a necessidade de lutar para mudar tais leis. Nessa imperfeição está uma das características da sociedade a contrato social, que cria pela primeira vez a separação clara entre sociedade civil e Estado.

Então a opinião pública é filha da democracia moderna?
Ela é o alicerce da democracia moderna. Não é apenas a expressão dela, um instrumento a mais. Não há democracia sem conflito, sem opinião. E o que resulta dessa passagem do feudalismo para o mercantilismo burguês é uma sociedade dada ao conflito, a tal sociedade civil - um conjunto de indivíduos, grupos, etc., que se reúnem contra o Estado. Então, é nessa imperfeição que se desenvolve o conceito de opinião pública, não só como lugar de divulgação, mas de elaboração contínua de ideias. É fácil compreender o porquê disso. Com seu dinamismo econômico, a sociedade a contrato social necessita de transformações constantes de valores. Isso muda completamente o comportamento das pessoas, elas passam a valorizar as mudanças, o progresso, contra a estagnação pré-definida por seu nascimento, como ocorria no modelo feudal.

Esse conceito de opinião pública se mantém até hoje?
Ao longo da história ele foi contestado por uma porção de teorias, principalmente depois do surgimento da mídia de massa e do uso que o nazismo, o fascismo e regimes autoritários em geral fizeram dela. Isso levou muitos autores a pensar que a opinião pública era só um doutrinamento da população. Ela teria tão somente a opinião que o status quo quisesse que ela tivesse e manipulava para conseguir. Para esses autores, opinião pública é alienação. Por aí caminhou Adorno (Theodor Adorno, filósofo alemão), chegando a Bourdieu (Pierre Bourdieu, sociólogo francês), para quem a opinião pública simplesmente não existe. Ele dizia isso, na verdade, como provocação. Na França da época, anos 60/70, ele queria questionar o uso demagógico que se fazia das pesquisas de opinião. Todas as ações dos entes públicos e privados eram justificadas por pesquisas de opinião. E Bourdieu vem dizer que essas pesquisas não davam necessariamente a opinião das pessoas, davam a opinião que as pessoas tinham formado a partir do doutrinamento. Portanto, a opinião pública não existia.

E nos dias de hoje, ela existe?
Existe, mas de um jeito totalmente diferente. Na minha avaliação, a opinião pública muda de caráter de acordo com a tecnologia informativa de uma época. No tempo da oralidade, tínhamos os filósofos, os sofistas. Com Gutenberg e a sua máquina de reproduzir grande quantidade de páginas, surge a opinião pública dos tempos modernos, mais ampla, instigada a debater pelo acesso mais fácil ao conhecimento. Depois, a mídia de massa - jornais, rádios e TV - dá origem às democracias nacionais, à esfera pública do tamanho de uma nação. Afinal, a mídia de massa consegue atingir toda a população ao mesmo tempo. Aí chegamos aos tempos atuais, à internet. E a coisa vira de cabeça para baixo. A internet cria uma arquitetura informativa absolutamente distinta das anteriores e, mais do que isso, cria um novo tipo de democracia e um novo tipo de opinião pública.

Pode explicar melhor?
Com a internet, passamos da democracia opinativa para a democracia colaborativa, na qual todo cidadão é chamado não a mudar o mundo, a fazer revolução, nada disso. Ele é chamado a ter um impacto na sua realidade próxima. Se olharmos para o teatro grego, os livros, os jornais, o rádio e a TV notamos que o modo de transmitir as informações se manteve constante. O ator de teatro fala, o público ouve em silêncio; no final aplaude ou vaia, ou seja, opina. Na TV é a mesma coisa. Quando assistimos a um debate eleitoral os candidatos falam e nós acompanhamos tudo passivamente e depois vamos votar - opinar - sobre propostas e programas de cuja elaboração não participamos. É a democracia baseada na opinião. O cidadão é cidadão na medida em que ele opina de quatro em quatro anos. A internet inaugura um tipo de democracia qualitativamente diferente.

Como ela funciona?
Primeiro, a comunicação em rede é uma tecnologia que pela primeira vez disponibiliza não só o acesso a todas as informações como também possibilita que cada indivíduo crie conteúdo e poste esse conteúdo com o mesmo poder comunicativo dos outros meios. Tecnologicamente, um blog tem o mesmo poder comunicativo que a CNN. Isso está educando o cidadão não apenas a opinar, mas a criar debate e a discutir ideias que se espalham velozmente pelo mundo. São as chamadas redes sociais, redes de cidadãos que se reúnem por terem determinadas afinidades e passam a trabalhar online para transformar a sociedade pela proposição, discussão e implementação de ideias. Primeiro no seu território, sua rua, seu bairro, sua cidade, depois no país e mundo. Chamamos isso de net-ativismo. Não se trata de uma questão ideológica, de fazer a revolução com a ajuda da internet. Não é isso.

E que tipo de opinião pública está sendo gestada nessa era de net-ativismo?
Uma opinião pública que não quer ser só opinativa. Não quer só opinar com base numa pauta estabelecida pela mídia e pelos políticos. A rede está criando, de fato, uma nova realidade em que as pessoas se afastam cada vez mais da política partidária, do debate político profissional, porque acham que isso não resolve nada. Meus alunos têm total desinteresse pelas questões políticas tradicionais, mas de maneira alguma podem ser chamados de alienados, porque estão em redes sociais, integram grupos que trabalham com reciclagem de lixo, inclusão digital, acesso à informação. Estão tentando modificar o seu território 365 dias por ano. Eles são cidadãos o ano inteiro, não só a cada quatro anos. Para esse pessoal o voto é a última coisa na qual eles estão pensando. A lógica da web não é piramidal, não prevê um líder. A palavra-chave é colaboração. Assim, se há alguém que eles enxergam como representante, é necessariamente alguém que esteja nessas redes sociais desde sempre, discutindo, propondo, ajudando a levantar verbas para projetos. O que eu estou tentando dizer é que a política analógica é obsoleta, porque unidirecional. Podemos chamar isso de fascismo se adotarmos a etimologia grega da palavra "fascio", que significa seta, algo que aponta, direciona. Estamos no caminho contrário. Pode levar 10, 20 anos, mas estamos indo claramente na direção de uma democracia totalmente colaborativa.

Essa nova ordem já deve influenciar as eleições deste ano?
Provavelmente não. Mas estou certo de que, nesta campanha presidencial, teremos surpresas vindas do mundo digital. A web será um lugar de desmascaramento. Esse movimento é maior do que imaginamos no Brasil. Um sinal claro disso é que já há no País mais gente usando a internet para acessar redes sociais do que para ver pornografia. Temos um curso de pós-graduação muito procurado por pessoas que vão trabalhar com marketing político. Os alunos perguntar a mesma coisa: "Como eu uso o Twitter para ajudar meu candidato a vencer a eleição?" Eu digo: "Você não pode. Se entrar com essa intenção a mesa vira sobre você". 

Por quê?
Imagina só isso: o político utilizando a web como utiliza a TV - para mentir, basicamente. Essa é muito boa (risos). Na rede, uma mentira dura dois minutos. E, uma vez descoberta, centenas de pessoas vão ter o prazer de denunciá-la. Isso aconteceu com o Lula. Um dia ele resolveu que queria ser Barack Obama e fez um blog. Só que não permitiu comentários. Poos alguém duplicou o blog dele num espaço aberto para comentários. Uma lição de que não dá para se aproveitar da internet dessa maneira. Uma vez dentro da rede ele terá de se submeter às regras dela, que não têm nada a ver com as regras da TV. O problema é que os políticos, seus estrategistas e marqueteiros querem transferir o passado para o novo. Eles não têm a menor noção dessa nova democracia, dessa nova opinião pública que está nascendo. Querem entrar num contexto no qual o político é visto com maus olhos. A imagem dele é negativa, porque tradicionalmente ele representa o contrário do que se faz ali. Ele tem uma proposta pronta e, através da sedução, busca obter consenso da maioria da opinião pública para se eleger. A comunicação parte dele e volta para ele. A internet permite outro modelo: que ele apresente sua proposta, que vai ser continuamente debatida, modificada e aprimorada - e daí vai nascer o consenso.

Quer dizer que no futuro os candidatos a representantes do povo podem surgir das redes sociais da internet?
E é provável que eles sejam completos desconhecidos para quem estiver fora dessas redes. A função do político tradicional tende a desaparecer. Não vai ter mais aquela coisa de ele prometer fazer, porque a nova opinião pública formada por essas pessoas conectadas em redes sociais já está fazendo sem ele.

Mas qual o peso real dessa nova opinião pública em termos eleitorais no Brasil?
Por enquanto, pequeno. A opinião pública cobiçada pelos políticos é a televisiva. Aquela suscetível à propaganda e ao marketing político. O cenário está mudando rapidamente, mas quem vence eleição ainda são os marqueteiros. A TV tem regras precisas que são dominadas com perfeição por eles. Quanto mais o político se submete ao marqueteiro, maior a sua chance de vitória. Então, dizer que a Dilma não tem experiência em cargos executivos, por exemplo, pesa pouco para essa opinião pública televisiva. Já ela fazer plástica ou, do lado de lá, fotografar o Serra em pose de Obama, com a mão segurando o rosto, pedir para ele sorrir mais em público, isso sim tem impacto na opinião pública televisiva. O fato é que nem Serra nem Dilma são capazes de conquistá-la sozinhos. Ambos dependem dos seus marqueteiros.

Pesquisa eleitoral que ouve 3 mil pessoas capta o que pensa a opinião pública?
No contexto atual de política do espetáculo, política que associa aos conteúdos as imagens televisivas, deve-se reduzir a importância normalmente atribuída às pesquisas de intenção de voto. Uma vez que a política deixa de ser doutrina ideológica para se assumir como arte dramatúrgica, a disputa eleitoral se torna algo muito próximo de um reality show. E aí o que vale é o excesso e a surpresa, a presença midiática, o ataque ao adversário, a construção de uma imagem que se pretende vencedora. 

As enquetes mostram que 60% dos eleitores não sabem dizer espontaneamente o nome de um pré-candidato à Presidência da República. O que isso significa?
Significa o afastamento da política do público. Não do público da política. A política partidária, feita por lobbies preocupados apenas em se manter no poder, não interessa, cansou. E não é por motivos ideológicos, já que no fundo as diferenças entre políticos e partidos são muito pequenas. É porque a humanidade se deu conta de que a classe política é um grande câncer, no mundo inteiro. A política tradicional é feita pelas pessoas menos qualificadas - reservadas as devidas exceções, obviamente. Só que do outro lado, na rede, há cidadãos ativos, conscientes, exercendo sua cidadania diariamente, que não entram nesse jogo antigo. Isso explica as altíssimas taxas de abstenção nas eleições na Europa, que beiram 50%. A população está cansada e, por meio da internet e das redes sociais, quer reformular isso. Me parece que temos agora a alienação dos políticos em relação a essa nova opinião pública, à política real, nas quais a sociedade cada vez mais organizada na web está construindo uma realidade melhor, independentemente das disputas eleitorais.

A opinião pública brasileira topa uma presidenta mulher?
Não. A sociedade brasileira é profundamente machista. Aceita no máximo uma mulher no comando do governo municipal. Mas para chefiar a nação acha que é demais. Já na nova opinião pública que está se fortalecendo na internet as regras são outras. A imagem, o gênero, são coisas que não têm a menor importância. O que faz a diferença é a participação ativa, as ideias postas em discussão, a disposição para o debate contínuo. E o melhor desse modelo é que pela primeira vez está se dando voz, de fato, aos excluídos, à massa das periferias. Estamos diante de algo tão grande quanto a prensa de Gutenberg. 

Por Christian Carvalho Cruz - O Estado de S.Paulo

sábado, 24 de abril de 2010

O Universo dos Sem Rostos



Em apenas 140 caracteres você pode ter o mundo conectado a você. Basta um vídeo no Youtube e você pode ter os seus 15 minutos de fama ou mais. Redes e mais redes sociais, um mundo ligado e instantâneo...WEB 2.0, TV, rádios e jornais. Tantas informações e conteúdos que até fica difícil de se absorver. Excesso de informações, falta de tempo (quem dera o dia tivesse 30 horas?).


Mesmo sentados em frente a um computador estamos sempre correndo e, lamentavelmente, nos esquecendo de regras básicas de boa convivência e até mesmo de civilidade. Nossos 5 sentidos já não fazem tanto sentido. Tudo tão rápido, tudo tão corrido e urgente! Vivemos cada vez mais de forma instantânea e individualista apesar de fazermos parte de tantas redes de relacionamento. Nos relacionamos com quem e pra que?

O mundo é cada dia mais uma aldeia de barbaridades e as pessoas já não têm mais rostos. Estamos ficando vagos. Apenas corremos de um lado para o outro o tempo todo, perdidos em tantas informações e apenas capazes de comentá-las ou criticá-las. Cada vez mais nos acomodamos e sobrevivemos na superfície das relações, sem maiores aprofundamentos e ao bel prazer de um controle remoto na mão.

Onde ficou a essência do ser humano que é a de ser gregário? Onde ficou a aquela necessidade de estar junto, de abraçar, de olhar nos olhos, de sentir? Quando eu era moleque nos anos 70 e via desenhos ou filmes de ficção, ficava imaginando como seria o "Ano 2000"? Imaginava um mundo cheio de facilidades, meio Jetsons (seria fantástico se eu tivesse hoje uma empregada doméstica robô) onde tudo seria mais fácil de se fazer e sobraria muito mais tempo para estar com os amigos e com a família. Vivemos sim, cada vez mais, em um universo Jetson, mas nós é que somos os robôs. Corremos, corremos e corremos.


A humanidade está cada dia mais desumana. Pessoas têm nomes, nick names e @algumacoisa em um punhado de perfis em redes sociais mais quase não socializamos mais. Isto já basta? Convivemos com um universo de atrocidades, maldades, corrupção, insensatez e atropelamos sempre os nossos valores e princípios universais. Valorizamos mais aspectos físicos e materiais em detrimento daquilo que nos poderia consolar e preencher os nosso espaço interior, a nossa essência, que é o amor, o companheirismo e a solidariedade.

O que podemos fazer, cada um, para mudarmos este rumo frio e vazio da humanidade? Qual é o nosso papel? Pessoas sem rostos? Pessoas com as faces cobertas por sacos de papel? Evoluímos pra que? Para degradar o planeta e também as relações humanas? Quem pode me dizer o que devemos fazer? Como mudarmos o rumo de tanta coisa errada?

Por fim, coloco aqui um sentimento expressado por Chico Xavier e que é de conhecimento de muitos, mas que sempre é útil para uma saudável reflexão: "Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim."

Por Renato Serra


Marketing de Relacionamento 2.0




Apesar de conseguirmos pinçar alguns exemplos de marketing de relacionamento 2.0, a maioria esmagadora das empresas ainda estão utilizando as ferramentas de conectividade (redes rociais, blogs, fóruns, wikis, enfim, todo o mix do marketing digital) de uma maneira equivocada.

O que estamos percebendo é uma enxurrada de “velhas ações, utilizando novas mídias“: sorteios no Ttwitter buscando o puro e simples aumento de seguidores, criação de comunidades sem qualquer tipo de finalidade e engajamento, blogs que só fazem “vender” produtos…

Independente do marketing “2pontoalgumacoisa“, o que falta para as empresas é estabelecer um relacionamento verdadeiro com o consumidor (ou, PROSUMER, como previu o visionário Alvin Tofler).

Campanhas publicitárias são importantes? Com certeza! Desde que a marca possa cumprir as promessas que faz para consumidor através da mídia, concentrando seus esforços na melhoria dos produtos e serviços existentes e no desenvolvimento de novos produtos e serviços de qualidade!

As empresas, seus profissionais de marketing e suas respectivas agências precisam urgentemente entender que, com a revolução digital, NÃO DÁ MAIS PARA TAPAR O SOL COM A PENEIRA!!

Ainda que a empresa tente ocultar suas fragilidades, o consumidor conectado utiliza os BLOGS, as Redes Sociais e várias outras ferramentas para denunciar experiências ruins com produtos e serviços.

As dissonâncias cognitivas agora são expostas sem censura, desmascarando comerciais em horário nobre e páginas duplas de revista, escoando, ralo abaixo, milhões de reais em propaganda!

Como disse o Antônio Mafra, “o marketing poderá ter os dígitos que quiser, mas o consumidor somente irá participar, colaborar, falar positivamente sobre você e, finalmente, se engajar, ao perceber que o seu comprometimento com ele foi real“.

Ou as empresas entendem o que está acontecendo e passam a melhorar seus produtos e serviços a partir da real preocupação com o cliente ou vão ter que torrar, cada vez mais verba em mídia de massa para tentar dissimular (sem sucesso) a realidade percebida pelo consumidor.


Por Pedro Cordier

Do You Really Want to Hurt Me? Um Alerta aos "Fakes" Eleitorais


Grande sucesso da banda Culture Clube na década de 80, o título da canção "Do You Really Want to Hurt Me? (Você realmente quer me machucar?) serve de reflexão para candidatos e assessores políticos nestas eleições. Explico porque abaixo.

A utilização da WEB 2.0 e de algumas grandes facilidades de comunicação e de informação que ela nos proporciona através das redes sociais e de outras Web mídias será, com certeza, um marco nessas eleições que se aproximam.

O Brasil tem hoje cerca de 70 milhões de internautas e 85% deles estão presentes nas redes sociais. Este número, sempre crescente, faz com que todo candidato que deseje realmente ter um papel marcante nas eleições seja quase que obrigado a ter uma presença online também marcante, relevante e abrangente.

Sem isso ele terá uma campanha "capenga", sem um relacionamento online com seus eleitores e com menos possibilidades de compartilhar suas idéias e projetos com formadores de opinião que trafegam nas redes sociais.

Este, a meu ver, é um dos aspectos positivos nesta possibilidade de relacionamento, porém, não podemos descartar as variáveis de má utilização das redes sociais nas eleições, exemplo: a criação de perfis falsos (fakes) em redes sociais para soltar informações dúbias e até mesmo acusações questionáveis ou falsas contra candidatos opositores. Isto já está acontecendo no Twitter e gera a necessidade que cada candidato mantenha algum profissional ou uma equipe de monitoração online do conteúdo circulante na internet de seus nomes. Prontos e alertas para detectarem qualquer informação maliciosa e assim evitarem o "ferimento" da imagem do candidato e facilitarem a administração de crises online.

Não tenho duvida que além de muito tráfego de informações e busca de relacionamentos e conquista de votos por meio da Internet, muita baixaria também irá acontecer nas redes sociais. Isto, além de ser uma prática lamentável, é perigoso, pois o público presente nas redes é mais qualificado e saberá reconhecer quais candidatos estão presentes de forma ética e que serão merecedores dos nossos votos, em detrimento daqueles que por falta de boas idéias e de bons projetos, se utilizarão de praticas escusas e ultrapassadas de se fazer política.

Candidato que investir em tentativas de "machucar" seus opositores através do uso de perfis falsos em redes sociais corre um sério risco de dar um "tiro no pé".

Os usuários das redes sociais estão atentos e, parodiando o nome de outra banda de sucesso, Fakes No More!

Por Renato Serra


Jornalista Heraldo Pereira fala da migração da informação para a Internet




O jornalista e âncora do Jornal Nacional, Heraldo Pereira esteve hoje pela manhã (13), em Campo Grande, onde participou do “1º Encontro de Marketing Político de Mato Grosso do Sul” e abordou, na ocasião, os cuidados que os candidatos devem ter com a mídia durante o período eleitoral.


De uma forma didática, ele apresentou como funciona a imprensa tradicional e a informal, desde como é selecionada a notícia até com nascem os escândalos que maculam a imagem de personalidades públicas.


Segundo o jornalista, os veículos de comunicação formais estão ligados com a opinião púbica e competição entre empresas jornalísticas que vivem em função da publicidade que é vendida baseada na credibilidade de suas noticias. Já os meios de comunicação informais, como blogs, e-mails e rede sociais estão tomando conta desta próxima eleição, com equipes especificas somente para tratar destas novas mídias, que foram exemplos da última eleição americana.


Ele diz que essa tendência é reforçada com dados que indicam que em 2009 foram vendidos mais computadores que televisões. “Teremos uma campanha com muitas mídias de internet como nunca foi visto antes, até então”, ressaltou Pereira.


Para o jornalista, há uma migração de conteúdo, e o políticos devem se atentar a esta mudança: “Os jornais em pouco tempo, serão jornais na internet, rádios web. A maioria das rádios já possui esse serviço”. Heraldo ressalta que o profissional de comunicação, que fará a assessoria de um candidato ou pessoa pública, deverá ficar atento a linguagem adequada para atingir aos públicos em geral e jornalistas, para poder contornar momentos críticos em relação ao seu assessorado.


Sobre a crise, alega que informações e principalmente imagens podem fazer um grande estrago na vida pública de qualquer pessoa, principalmente neste momento, em que qualquer pessoas pode filmar, fotografar e disponibilizar em diversos meios, como a internet.


Fonte: Jornal "A Crítica" de Campo Grande/MS em 14 de Abril de 2010

Burger King - Case Exemplo de Criatividade em Relacionamento com Cliente

Isso sim é personalizar um produto! Exemplo de como surpreender o seu cliente e de como conquistá-lo com uma ação super criativa.


Confira o vídeo-case da ação desenvolvida pela Ogilvy Brasil para o Burger King, intitulada "WopperFace".

Na ação, o cliente fazia o pedido de um Wopper do jeito que desejasse e se surpreendia ao receber o sanduíche com a sua foto estampada na embalagem, reforçando o conceito “A gente faz do seu jeito” ("Have it your way") e provando que cada sanduíche é exclusivo, feito sob encomenda para cada cliente!


Faça Marketing do Amor. Não Faça Marketing de Guerra.




Texto de Graça Ramos, consultora de Marketing, empresária e sócia gestora da MGR (comunicação, marketing e eventos). O texto foi publicado em new@this por Nuno Batista.

"No século passado, uma moda passageira criou o "marketing de guerra”. O publicitário americano All Ries fez fortuna defendendo a idéia de que a guerra ou até mesmo a guerrilha do marketing contra a concorrência era o grande caminho estratégico.
Ligeiro equívoco... 

Marketing não é guerra, é amor. Não compensa, economicamente, concentrar os esforços e investimentos no combate ao concorrente. É mais fácil, mais barato, mais eficaz e até mais divertido amar o cliente. Atrair, encantar e fidelizar são as palavras mágicas do marketing contemporâneo. Aliás, palavras mágicas da sabedoria universal milenar. “Ainda que eu falasse a língua dos anjos... sem amor eu nada seria,” epístola de São Paulo aos Coríntios ou se você preferir “onde houver a discórdia...que eu leve o amor”, São Francisco de Assis.

Você conhece alguém semi-analfabeto, no interior de uma terra árida e pobre, sem capital, contando com apenas doze homens pobres e semi-analfabetos, alguns analfabetos, e que consegue construir um império que resiste há mais de dois mil anos, e fideliza um terço da humanidade? Chama-se, este gênio da gestão de pessoas, Jesus Cristo. Pregava o amor, não a guerra. penso que deu certo...

Investir na guerra, em marketing, custa caro. Não constrói e não gera lucros. Investir na relação com o cliente, por outro lado, gera resultados, preços e margens melhores, custos de marketing mais racionais e econômicos, esforços concentrados e controláveis. Se você gasta uma verba na televisão para dizer a todos que seu produto é melhor do que o concorrente seus resultados são duvidosos e não podem ser medidos. Se você investe num “software” de tecnologia, melhora o atendimento de seus clientes, enfim faz o verdadeiro marketing de relacionamento, você gasta menos, e controla totalmente, com a precisão do computador, o resultado de seus esforços.

O marketing moderno exige controle rigoroso de resultados. Combatendo o concorrente você não sabe medir resultados, atraindo e fidelizando o cliente, você pode até usar meios eletrônicos para controles precisos dos resultados.

As pessoas pensam que marketing de relacionamento é oferecer brindes e promover festas sociais. Grave erro. Isso é cortesia, de resultado duvidoso. Marketing de relacionamento é atendimento, modernamente com base na tecnologia. Empresas com êxito mercadológico têem uma política totalmente baseada na relação com o cliente, não gastam em propaganda de marca, só de vendas. Conquistam a liderança do mercado mundial investindo na relação direta com o cliente. Investindo, portanto, no amor.

Amor não é um ideal romântico da gestão empresarial. É uma política, apoiada num sistema, fruto de uma decisão estratégica de marketing. Séria e organizada. Quem não tem amor ao cliente não precisa de consultoria, precisa de tratamento psiquiátrico. Quem não ama seu cliente não vende, e pode até quebrar.

A falta de amor é a mais importante patologia das organizações."

Por Renato Serra

Dicas de Livros de Mídia Online/Digital

Para quem está interessado em avançar os seus conhecimentos em Mídias Online e Redes Sociais, seguem quatro dicas de livros dignos de consideração.

Na pesquisa online os melhores preços foram encontrado no site da Submarino e também da Saraiva.com

1 - Redes Sociais no Submarino por R$50,90.

2 - Blog Marketing no Submarino por R$54,90.

3 - SEM e SEO no Submarino por R$32,90.

4 - Twitter no Submarino por R$27,90.

5 - Fenômenos Sociais nos Negócios na Saraiva por R$ 59,80

Regras para Doação Eleitoral pela Internet


Eleições 2010: se você pretende fazer doações online para seu candidato, usando seu cartão de crédito, é bom ficar de olho nos direitos e deveres de todas as partes envolvidas, além das responsabilidades de cada um.

Segue a bula da arrecadação de doação eleitoral por cartão de crédito (Resolução 23.216).

Página web: somente registrada sob o “.br”
Período de arrecadação: até a data das eleições, inclusive segundo turno. O site deve desabilitar aplicativo de arrecadação no dia seguinte à data da eleição.
Quem pode arrecadar por cartão de crédito e débito: candidatos (inclusive vice e suplentes), comitês financeiros e partidos políticos.
Quem pode doar: somente pessoa física, proibido o parcelamento. Proibida doação por cartão corporativo ou empresarial ou emitido no exterior.

Requisitos para arrecadação por candidatos
  • Emissão obrigatória em modelo padronizado
  • Recibo eletrônico dispensa emissão da via do beneficiário da doação
  • Recibo preenchido manualmente no caso de doação por terminal de cartão de crédito
Dados obrigatórios do recibo

Registro, número do recibo eleitoral; número do documento; tipo de doação; espécie do recurso; quantidade de parcelas; número do CPF do doador; nome do doador; data da doação; valor da doação; número da autorização.

Penalização: consideradas doações não identificadas, recursos são transferidos ao Tesouro Nacional

Fraudes ou erros: não enseja responsabilização nem rejeição de contas eleitorais, se cometidas sem conhecimento de candidatos comitês financeiros e partidos políticos

Prestação de Contas: todas doações por cartão devem ser lançadas individualmente e as taxas cobradas pelas administradoras são consideradas despesa de campanha.

Responsabilidade Operadoras Cartão de Crédito
  • Com candidatos, comitês financeiros e partidos políticos: informar o detalhamento das doações recebidas com a identificação do CPF do doador
  • Com o TSE: envio de arquivo eletrônico padronizado contendo CNPJ do candidato, comitê financeiro ou partido político; data da operação; número da operação; valor bruto da operação de débito; valor bruto da operação de crédito.



Eleições 2010 - Ser Obama ou Não Ser?




A eleição do atual presidente dos Estados Unidos foi um marco na forma de conduzir uma campanha, inovadora na exploração da internet. Convocando as pessoas a participarem de um novo projeto político para os EUA, Obama conseguiu arrecadar metade dos cerca de 650 milhões de dólares da sua campanha em doações de menos de 200 dólares pela web. Sem esquecer de citar a linguagem visual usada, valorizando o design como arte, a ponto de render a elaboração de um livro de 360 páginas chamado Designing Obama, do Scott Thomas, o designer chefe da campanha.


Temos agora no Brasil um ambiente jurídico propício para os políticos seguirem o caminho "Obama", mas o quão isso é possível? Será que essa abertura irá surtir impacto significativo na população brasileira se considerarmos que temos 130 milhões de eleitores e cerca de 66,3 milhões de internautas no Brasil (segundo o Ibope Nielsen Online em dezembro de 2009)?  Enquanto nos EUA, onde o voto não é obrigatório, existem mais internautas do que eleitores, o brasileiro é o povo que passa mais tempo conectado no mundo e é líder no uso de redes sociais, com acessos, na maior parte dos casos, via lan house.


Questão: Como inovar para superar entraves para as eleições na internet?


E outra, será que os nosso políticos estão preparados para cair na rede? É preciso muita atitude e transparência para se colocar diante dos eleitores de igual para igual e conversar: ouvir e responder. Não sabemos ainda quantos candidatos, em todos os níveis, teremos em Goiás nesta próxima eleição, mas é fato que nem todos irão abraçar uma campanha pela a web 2.0. Além do mais um "líder" no quesito "personalidade digital" não pode se gabar apenas pelo numero de seguidores que tenha no Twitter ou pela quantidade de posts que tenha no Facebook ou em outra rede social. Todos candidatos deverão ter uma presença na web marcada por uma plataforma de comunicação estruturada e devidamente bem utilizada ao seu favor.


Não basta aos candidatos aparecerem com número de citações elevado, em blogs ou no Twitter, se o político não aproveita isso para interagir de maneira correta com os possíveis eleitores. A dica é: Estruture-se e monte uma equipe de profissionais de Marketing e de WEB Mídia para poder usufruir ao máximo do potencial que as redes sociais, blogs, comunidades e fóruns na Internet  oferecem em matéria de relacionamentos e trocas de informações e opiniões.

Para as eleições 2010 o segredo do sucesso de uma campanha passará pela correta interatividade do candidato. A dica está dada e a dificuldade de se conseguir uma parceria com profissionais capacitados é grande, já que ainda são poucos os profissionais disponíveis no mercado para efetuarem uma assessoria em WEB Mídias neste momento.


Ser um Obama nas eleições 2010 muitos candidatos sonham ser, porém usar corretamente as ferramentas que estão disponíveis na WEB Mídia é que é a questão! E a diferença.



Por Renato Serra

Crie Elos com o Público-Alvo nas Redes




Charlene Li, especialista em mídias sociais, fala sobre a Sociografia como uma maneira de rastrear o público nas redes para desenhar estratégias de marketing


Rastrear, encontrar e conversar. Esses são os três passos que Charlene Li, presente no Seminário de Estratégias de Redes Sociais da HSM, realizado no dia 25 de março, chama de Sociografia. Para a especialista em mídias sociais, a sociografia faz perguntas fundamentais como: Onde estão seus clientes online? Quais são os comportamentos sociais online de seus clientes? Em quais pessoas ou informações sociais seus clientes confiam? Qual é a influência social de seus clientes? Quem confia neles? Como seus clientes usam as tecnologias sociais no contexto dos produtos da sua empresa?


Com todas as respostas em mãos, a empresa já pode direcionar seus esforços de marketing e criar elos com os clientes. “Se analisarmos as conversas que acontecem hoje nas redes, cerca de 40% delas incluem algum tipo de marca ou serviço. É preciso mapear essas conversas e se for preciso interagir e saber ainda o que o seu concorrente está fazendo nestas mídias. Você pode até não entrar nas redes, mas estará perdendo a oportunidade de estabelecer relacionamentos novos. Se você vai entrar no mercado novo, porque não usar todos os recursos disponíveis?”, questiona Charlene.


Mas entrar nas redes não é o suficiente. É preciso entender o que está acontecendo em tempo real e estar pronto para interagir também em tempo real com as pessoas. Dar uma resposta em 24 horas já não é mais aceitável. “Para as empresas, ainda é difícil estabelecer o relacionamento na rede, por isso ressalto a importância de ouvir, aprender com os clientes, mudando a forma de enxergar e estabelecer sempre o diálogo,” pontua Charlene.


Empresas como Starbucks Coffee, Dell, Lego, Procter & Gamble e Kohl’s, têm conseguido conversar com clientes de maneira autêntica, dando consistência nestes relacionamentos. Por meio de comunidades ou de seus sites, essas empresas criaram diferentes formas de envolver os clientes em sua linha de produção, melhoria dos produtos, criação e desenvolvimento etc. “A plataforma mudou, mas as razões para a comunicação não. Tenha sempre a transparência nestas relações e responda prontamente a sugestões e críticas. Aliás, as críticas são excelentes termômetros para os processos de melhoria. Basta enxergar os problemas como fonte de inovação’, conclui Charlene.


Por Katia Cecotosti, editora do HSM Online

Campanha no Twitter e no Orkut influencia 50% do eleitorado.

Rádio e jornal, com certeza. Televisão, nem se fala. As mídias  tradicionais devem continuar influenciando o voto do eleitor no Espírito  Santo. Contudo, terão que abrir espaço para as novas mídias digitais  que progressivamente vão despertando o interesse das pessoas e as  mobilizando no espaço virtual, sobretudo quando se trata dos mais  jovens.

Essa é a tendência revelada por um dado da pesquisa Futura. Segundo o  levantamento, metade dos eleitores capixabas considera que as chamadas  redes sociais (como Orkut, Twitter e blogs) são boas ferramentas de  campanha para os candidatos. A opinião foi manifestada por 49,9% dos 800  eleitores ouvidos, contra 36,6% que entendem o contrário.

Outro dado extraído da amostra indica ainda mais claramente que as redes  sociais vieram mesmo para ficar: ao se estratificar os resultados de  acordo com a idade dos entrevistados, percebe-se nitidamente que, quanto  mais jovens são os eleitores, maior a importância que eles tendem a  atribuir às redes sociais como instrumentos de campanha.
Para se ter uma ideia, considerando-se unicamente os eleitores de 16 a  19 anos, chega a 57,1% o índice dos que acham as redes sociais boas  ferramentas eleitorais. Isolada a faixa etária de 20 a 29 anos, o  percentual é próximo: 56,7%.

Na outra extremidade, demarcando o contraste, só 32,6% dos eleitores com  60 anos ou mais sustentam a mesma opinião. Na mesma faixa etária, 31,6%  discordam de que as redes sociais sejam boas ferramentas, e expressivos  35,8% não souberam responder à questão, o que denota o desconhecimento  ou a baixa utilização desses recursos por parte dos eleitores mais  idosos.

No que se refere à renda dos entrevistados, a pesquisa apresenta outras  curva eloquente: a percepção de que as redes sociais são boas  ferramentas de campanha cresce juntamente com o poder aquisitivo. Os  eleitores que pensam assim estão concentrados nas classes A e B,  justamente aquelas que, pelo fator econômico, costumam ter mais acesso à  internet no país. O índice aí chega a 60,8%, enquanto nas classes C, D e  E fica em 48,4%.

Análise
Segundo o professor Ricardo Nespoli, mestre em Tecnologia da Informação e  Comunicação, esses números sinalizam que o Brasil está mudando na forma  de relacionamento dos candidatos com seus eleitores, embora essa  mudança ainda seja "extremamente incipiente". "Na verdade, é apenas um  vislumbre de uma mudança que se propõe a ser um amadurecimento do  relacionamento entre os políticos e seus representados", diz o  especialista.

Nespoli defende que essas redes proporcionam um diálogo real entre os  candidatos e cada eleitor, individualmente, dada a própria estrutura de  comunicação que as caracteriza - onde, em vez de um só emissor falando  para muitos ao mesmo tempo, sem possibilidade de interação, o que se tem  é um contato direto e interativo entre cada parte do processo, isto é,  um diálogo.

"Os pares estão mais próximos. A rede proporciona uma interação mais  direta e uma possibilidade de diálogo. E o político se vê obrigado a dar  uma resposta madura e imediata", afirma.

Para o professor, os políticos em geral ainda não utilizam o potencial  dessas mídias digitais de maneira inovadora, mas, dependendo do político  em questão, a rede social pode até se voltar contra ele. "Quando ele  usa as redes sociais, se não for um candidato com bagagem e  conhecimento, essa pessoa vai se tornar desprezível dentro das redes  sociais. Na TV isso não ocorre porque ali eles constroem uma imagem e  fica mais fácil de acreditar. Mas, se o político é bom, ele tende a  ganhar carisma, sim."

Propostas dos candidatos vão pesar na decisão
Candidatos com propostas fracas e um histórico negativo a exibir terão  poucas chances nas eleições de outubro. É a conclusão a que se pode  chegar a partir do levantamento realizado pelo Instituto Futura. Para o  eleitorado capixaba, o fator mais importante ao escolher os candidatos  serão as propostas de cada um, opção que foi apontada por 28,5% dos  eleitores ouvidos pela Futura. O histórico do candidato será levado em  conta por 28,4%. Conhecer as obras já realizadas pelo candidato vai  pesar na hora da escolha do  candidato para 20,8% dos eleitores. A  intimidade e a proximidade também são citados por mais de 10%. Conhecer o  candidato pessoalmente será importante para 18%, e o candidato morar na  mesma cidade, bairro, ou local de moradia será determinante para 16,6%.  Os eleitores deram menos importância para o fato de o candidato ser  amigo (5,6%), ser simpático e carismático (4%). Alguns admitiram  priorizar os candidatos que lhes tenham feito algum "favor" (3,4%) ou  dado dinheiro (3,2%).

"Twitter permite contato direto com o político"
Recém-formado em Comunicação Social pela Ufes, Thalles Waichert não  hesita em responder que vai usar as redes sociais para definir seus  candidatos este ano. Ele fala com conhecimento: trabalha como assessor  de mídia online em uma empresa que desenvolve projetos em ambientes na  internet. O jovem de 22 anos avalia que, apesar de o percentual de  aprovação do uso das redes nas campanhas superar o de reprovação, o  número só não é maior porque as pessoas ainda estão muito presas aos  antigos paradigmas. "A rejeição se dá porque as pessoas ainda  valorizaram muito uma forma de fazer política voltada para as massas.  Não que isso tenha que ser deixado de lado, mas muita gente ainda olha  para a política como se ela se limitasse à ideia de um político falando  para multidões." Para ele, essas mídias não vêm para substituir as  tradicionais, mas, em verdade, para  complementá-las. "Mídias como o  Twitter permitem o contato direto do político com cada indivíduo. É uma  nova forma de se entrar em contato com o público. O efeito que elas  podem proporcionar vai se somar ao das tradicionais." Thalles defende,  ainda, que os políticos não devem se limitar a usar essas mídias como  plataforma política. "O ideal é que eles as utilizem como uma pessoa do  cotidiano, de forma muito mais convincente do que beijando criancinhas."

Análise
"A rede proporciona um diálogo verdadeiro"
Ricardo Nespoli - Mestre em Tecnologia da Informação e  Comunicação

A maioria está utilizando a TV e vai utilizar nas eleições, em um país  onde até a classe média tem dificuldade de ter internet banda larga. Mas  aqueles que utilizam a internet são os futuros produtores e formadores  de opinião deste país, já querendo conversar de uma forma mais adulta e  mais madura com esses políticos.
Eles não aceitam que os políticos apenas lhes digam o que eles deveriam  fazer, de uma forma infantil, emocional, superficial ou sensacionalista.  Esse público que está na internet quer uma conversa mais madura com os  candidatos, e a rede social estimula um discurso mais maduro, crítico e  participativo.
Na rede, se eu sou uma pessoa pública, alguém vai falar diretamente  comigo e me incomodar, o que vai me obrigar a dar uma resposta madura e  imediata. A rede proporciona um diálogo verdadeiro.

As redes sociais
Twitter. É uma rede social e servidor para microblog que  permite aos usuários que enviem e leiam atualizações pessoais de outros  contatos (em textos de até 140 caracteres, conhecidos como "tweets"),  através da própria Web, por SMS e por softwares específicos. As  atualizações são exibidas no perfil do usuário em tempo real e também  enviadas a outros usuários que tenham assinado para recebê-las. O  serviço é grátis na internet, mas usando SMS pode ocorrer cobrança da  operadora telefônica.

Orkut. É uma rede social filiada ao Google, criada em  2004  com o objetivo de ajudar seus membros a conhecer pessoas e manter  relacionamentos. O alvo inicial do Orkut eram os Estados Unidos, mas a  maioria dos usuários são do Brasil e da Índia. No Brasil é a rede social  com maior participação de brasileiros, com mais de 23 milhões de  usuários em janeiro de 2008, e o site mais visitado. É um sistema  virtual que possibilita a conexão entre pessoas e a afiliação delas a  comunidades. Os indivíduos são mostrados em forma de perfis, é possível  receber conexões diretas (amigos) e indiretas (amigos dos perfis), e  também como organizações sob forma de comunidades e ferramentas de  interação variadas, tais como fóruns para comunidades.

MSN. É um programa da mensagens instantâneas criado pela  Microsoft Corporation. O serviço nasceu a 22 de Julho de 1999,  anunciando-se como um serviço que permitia falar com uma pessoa através  de conversas instantâneas pela Internet. O programa permite que um  usuário da Internet se relacione com outro que tenha o mesmo programa em  tempo real, podendo ter uma lista de amigos "virtuais" e acompanhar  quando eles entram e saem da rede. Ele foi fundido com o Windows  Messenger e originou o Windows Live Messenger.

Facebook. É um website de relacionamento social lançado em 4  de fevereiro de 2004. Foi fundado por Mark Zuckerberg, um ex-estudante  de Harvard. Inicialmente, a adesão ao Facebook era restrita apenas aos  estudantes da Universidade Harvard. Hoje, o website possui mais de 120  milhões de usuários ativos. É gratuito para os usuários e gera receita  proveniente de publicidade. Usuários criam perfis que contêm fotos e  listas de interesses pessoais, trocando mensagens privadas e públicas  entre si e participantes de grupos de amigos. A visualização de dados  detalhados dos membros é restrita para membros de uma mesma rede ou  amigos confirmados.

Por Vitor Vogas

Publicado em A Gazeta/ES em 22/03/2010

Eleições 2010 - Quem não se Relaciona se Trumbica!





Não que algum candidato será eleito por conta de estar conectado com os seus eleitores neste ano por meio de mídias digitais, redes sociais, móbile marketing ou alguma nova tecnologia que possa surgir daqui até o meio do ano, mas o fato é que será imprescindível aos candidatos estarem se relacionando com os seus eleitores através do mix de tecnologias disponíveis para celulares e smartphones/IPhones, bem como das ferramentas de relacionamento que a Web 2.0 nos proporciona.


Como desprezar números tão expressivos como estes:

·         Brasil = 65 milhões de internautas

·         73% dos internautas lêem blogs

·         A Internet já é o terceiro veículo de comunicação no Brasil

·         87% dos internautas utilizam a web para efetuarem pesquisas diversas

·         70% dos internautas confiam nas opiniões expressas online

·         80% dos internautas participam das redes sociais

·         9 milhões de pessoas possuem Twitter no Brasil

·         86% dos internautas brasileiros estão no Orkut

·         No Brasil existem 175 milhões de linhas celulares habilitas e estimados 125 milhões de usuários

·         Um celular é prioridade no dia-a-dia para 70% dos brasileiros

·         Os celulares possuem penetração em todas as classes sociais

·      Campanhas voltadas para celula res e smartphones também permitem segmentação, controle de resultados e interatividade como a Internet.


Na verdade temos muito mais números e referências, mas o que cito a cima já é suficiente para que qualquer candidato perceba o tão amplo universo que ele dispõe para ser bem, eu digo BEM, trabalhado nestas eleições 2010.

Reforço o que disse anteriormente: ninguém vai ganhar eleição por estar com presença na web, participando de redes sociais ou enviando SMS para pessoas, porém todo candidato que almeja a sua eleição tem que atuar com profissionalismo e criatividade nestas plataformas de apoio.

Através da participação em redes sociais, de postagens em seus blogs ou da criação de comunidades em seus próprios portais para interagir com as pessoas, o candidato poderá ter ao seu lado o apoio de pessoas que são formadoras de opinião. Mesmo que não se possa atingir todos os brasileiros pela Internet, o fato de poder manter relacionamento com pessoas que são formadoras de opiniões, irá gerar um efeito cascata de ressonância das informações de campanha, de posturas e iniciativas tomadas pelo candidato ou mesmo da propagação das informações que são interessantes ao candidato e cujos eleitores devem ter conhecimento.

Uma gestão profissional e qualificada sobre as informações que circulam na web e, principalmente, que gere relacionamentos com eleitores, bem como com aquelas pessoas que estão indecisas quanto aos seus votos, deverá ser o fiel da balança nas Eleições 2010.

Mas como atrair a atenção de eleitores pela web ou pelo Mobile Marketing e conseguir seus dados cadastrais para a manutenção de relacionamentos? A resposta é simples, pois vimos acima que existem muitas opções de “portas” abertas para acessos aos eleitores, porém, cada candidato, juntamente com a sua equipe de marketing digital deverá identificar o perfil de seus eleitores, suas características, necessidades, interesses, para que assim seja possível criar algumas estratégias de promoções, pela Internet ou no corpo-a-corpo, que motivem as pessoas a cederem suas informações para a criação e manutenção de um Database para envio de mensagens relevantes pela web ou por meio de celulares, tendo em vista que está proibido a compras de listas publicas de e-mais ou de números de celulares pelos candidatos.

Fato é que as ferramentas estão expostas sobre a “bancada” e disponíveis para quem tiver o interesse em bem utilizá-las a favor de sua campanha. Tal qual um Mestre de Obras, que tem prazos a serem cumpridos para que a obra seja entregue com qualidade e na data estabelecida, os candidatos devem correr contra o tempo para não ficarem de fora do universo de possibilidades que as novas tecnologias e a Internet lhes proporcionam neste momento.

O candidato que ainda não tem um portal na web, que “brinca” de postar no Twitter ou nem tem “paciência” para blogar suas idéias e compartilhá-las com as pessoas, está marcando passo nessas eleições e poderá sentir os efeitos dessa letargia quando as urnas forem fechadas após o término das eleições.

Senhor candidato, o mundo hoje se divide em dois, real e virtual, mas mesmo o virtual é formado por pessoas, pois então interaja!

A famosa frase do “Velho Guerreiro”, o Chacrinha: “Quem não se comunica se trumbica!” faz ainda mais sentido nos dias de hoje, mas eu trocaria a palavra “comunica” por “relaciona”.

*OBS.: Indico aos candidatos que por ventura lerem este post, que acessem o rank dos políticos do Twitter Rank http://www.twitterank.com.br/  para que possam verificar seus índices de popularidade e influência na plataforma de relacionamento.


Por Renato Serra


Fontes de consultas: IBOPE, AgênciaClick, e.life, Anatel