segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Após derrota, PMDB tem de estancar desidratação


Matéria publicada no jornal "O Popular", de 29/11/2010.

Após a quarta derrota consecutiva do PMDB na disputa pelo governo estadual, há quase um mês, o partido tem pela frente o desafio de estancar sua progressiva desidratação em Goiás. Análise dos números das últimas quatro eleições mostram que a legenda vem perdendo espaço ano após ano, fato que a aliança com o PT no primeiro turno e com o grupo governista no segundo turno conseguiu amenizar.
Apesar do sucesso nas últimas quatro eleições, os números mostram que o desafio de Marconi Perillo (PSDB) é manter a união da sua base, necessária para assegurar a supremacia eleitoral do grupo. Mesmo com a força adquirida por dois governos consecutivos e com a eleição de Alcides Rodrigues (PP) em 2006 - os dois romperam pouco depois - e a dificuldade do PMDB de se reestruturar, o tucano não conseguiu aumentar significativamente seu porcentual de votos nos últimos anos, mantendo praticamente a mesma margem na segunda disputa com Iris, o que comprova a importância da ampla base de apoio.
Tanto em 1998 quanto em outubro deste ano, Marconi e Iris tiveram no 2º turno da disputa praticamente o mesmo porcentual de votos. Contou a favor de Marconi na disputa mais recente a base ampla de partidos logo no primeiro turno e a campanha mais bem estruturada que a dos adversários. Iris, que obteve um resultado inferior ao de 1998 no primeiro turno, conseguiu reduzir a vantagem do tucano com o apoio de Vanderlan Cardoso (PR), que havia obtido 16,6% dos votos.
Se em 1998, Iris, mesmo sendo derrotado, conseguiu ter maioria dos votos em três das cinco grandes regiões do Estado - chamadas pelos institutos de pesquisa de mesorregiões, cuja divisão segue critérios estabelecidos pelo IBGE - em 2010 ele perdeu em todas. Levantamento organizado pelo Grupom Consultoria e Pesquisas, com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) das últimas quatro disputas eleitorais, mostra a evolução de tucanos e peemedebistas desde 1998.
Na primeira vez que enfrentou Marconi, o peemedebista conseguiu vencer - ainda que por margem apertada - nas regiões Sul, Noroeste e Norte. Foi derrotado porque perdeu nas duas regiões mais populosas: Leste, que abrange o Entorno do DF, e no Centro, que tem os três maiores colégios eleitorais (Goiânia, Aparecida de Goiânia e Anápolis).
Após 1998, o PMDB nunca mais conseguiu vencer em nenhuma das grandes regiões de Goiás, embora tenha neste ano mantido a liderança em Goiânia, o que também ajudou a reduzir a vantagem de Marconi. A capital foi tão fundamental para o PMDB que dos oito deputados estaduais eleitos pelo partido, cinco têm Goiânia como principal base política.
A análise das eleições mostra que Iris não conseguiu, após mais de cinco anos de gestão bem avaliada na Prefeitura, retomar seu capital político no restante do Estado e o PMDB não tem hoje outro nome com densidade eleitoral suficiente para encarar uma eleição ao governo. As lideranças do PMDB admitem que se o partido quiser voltar ao poder terá de buscar novas alianças e se fortalecer no interior. Algo difícil de ocorrer se Marconi mantiver, durante seu governo, seu grupo político unido.
Terceira via influencia, mas ainda é incipiente


Os dados das últimas disputas eleitorais em Goiás, segundo o diretor do Grupom, Mário Rodrigues Filho, atestam o quanto é sólida a polarização da política goiana, mas também evidenciam que os chamados "eleitores independentes" (pessoas que tendem a vota em candidaturas alternativas) podem decidir um pleito disputado por dois nomes fortes.Foi Vanderlan quem provocou o segundo turno na última eleição e seu apoio a Iris Rezende (PMDB) reduziu consideravelmente a vantagem de Marconi Perillo (PSDB). "Consolidou-se em Goiás uma faixa em torno de 20% dos eleitores que tende a buscar nomes alternativos à polarização entre PMDB e PSDB. É um grupo que não representa ainda uma quebra desta polarização, pois não é suficiente para eleger um candidato, mas pode fazer toda a diferença num 2º turno", explica Mário Rodrigues."Os votos que Iris teve nesta eleição representam uma espécie de teto que o PMDB tem desde 1998 até hoje, enquanto Marconi também se mantém no patamar em torno de 50% dos votos", afirma o diretor do Grupom. Candidato em 2002 contra Marconi, Maguito Vilela (PMDB) ficou com o que é considerado o piso do PMDB: cerca de 30% dos votos. Contra Alcides Rodrigues em 2006, Maguito teve um desempenho melhor, mas abaixo de Iris."Os números mostram que o capital político dos líderes conta mais do que o tamanho do partido. Maguito tem capital menor que Iris e foi derrotado por Marconi ainda no primeiro turno. Alcides conseguiu se eleger com o apoio de Marconi, mas se a disputa fosse com Iris o risco de derrota do governador seria grande", pondera Mário.Para romper o teto de votos, tanto PMDB quanto PSDB teriam de fomentar o surgimento de novas lideranças e agregar maior número de aliados. A alternativa do PSDB seria reestruturar a antiga base, buscando se reaproximar das alas do PP, PR e PSB que se afastaram. Ao PMDB, restaria manter a aliança com PT.

Por Bruno Rocha Lima

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Nanopublicidade é a Evolução do "One to One"



Nanopublicidade não é a invenção da roda, mas como a roda pode girar melhor para obter mais resultado junto ao target e ainda minimizar os custos, é uma forma mais eficiente de fazer publicidade na era pós digital.

A Nanopublicidade integra um grande número de disciplinas como marketing, propaganda, psicologia, antropologia (etnografia) e tecnologia. Nem todas as pessoas estão preparadas para entender um conceito que, apesar de simples, exige um número tão grande de profissionais para viabilizar a solução. E por quê? Simplificar um problema complexo é uma tarefa que exige disciplina e inteligência.

No marketing 1 to 1 (one to one), conceito criado por Don Peppers e Martha Rogers em 1994, a marca se comunica de forma diferenciada com cada pessoa:

“Os clientes são diferentes; ignorar ou desconhecer essas diferenças não os faz todos iguais. Os clientes são diferentes em seus valores para a empresa e em suas necessidades”.
 
Quando o conceito 1 to 1 era difundido mundo afora em 1994 (sinônimos como marketing direto, marketing de relacionamento, CRM), a internet surgia como um canal comercial, portanto acessível para marcas e consumidores.

O que não se imaginava na época era que um indivíduo em um meio digital representa vários indivíduos, ou seja, o consumidor Roberto no MSN é diferente do consumidor Roberto no Facebook ou no Linkedin.

Estamos falando do mesmo indivíduo que representa três consumidores completamente diferentes. É ai que entra a Nanopublicidade – ela não estuda o indivíduo, mas os nano-nichos que esse indivíduo faz parte como consumidor. Usamos a etnografia para validar os diversos nano-nichos que compõem cada nicho da marca.

Da mesma forma, Nanopublicidade não é long tail. Não se trata de detectar nichos de mercados, mas de criar publicidade de forma nano para cada nicho e suas divisões menores. É dessa forma que marcas mundo afora estão fazendo Nanopublicidade e vencendo concorrentes que mal percebem que continuam investindo a maior parte de sua verba em mídias de massa ou ainda estão na era do marketing one to one.

Enfim, será que o consumidor está mais preocupado em receber um comunicado personalizado, mas sem profundidade, ou preocupado que a marca realmente entenda suas necessidades, seu nano grupo e que se comunique com ele na mesma língua?

A Nanopublicidade acredita na segunda opção.

Por Roberto Guarnieri

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Universo Conspira a Nosso Favor, Basta Observar os Sinais.

Este foi um ano particularmente muito difícil para mim em várias circunstâncias, porém tenho como filosofia de vida sempre acreditar que as dificuldades surgidas possuem uma razão de ser e acontecer e que o importante é não deixarmos de acreditar, ter sempre fé que com o trabalho, amor e  equilíbrio os caminhos de nossas vidas se renovam.

Dentro deste contexto, encontrei um texto do Paulo Coelho que me motivou uma reflexão e renovou esperanças. Quero compartilhá-lo com vocês:

"De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo. Mas alguém poderia dizer: Mas qual é esse tempo certo?

Bom, basta observar os sinais. Geralmente, quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano enviarão sinais que podem ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Mas, com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa! Basta você acreditar que nada acontece por acaso!

E talvez seja por isso que você esteja agora lendo estas linhas... Observe melhor o que está à sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo sempre conspira a seu favor quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento."
Paulo Coelho

Paz e bem!  

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

RockMelt, O Novo Navegador Se Aproxima das Redes Sociais

Com as redes sociais, surge uma outra forma de navegar na internet - uma tendência que pode dar mais fôlego à guerra dos browsers pelos usuários. Dezesseis anos depois de Marc Andreessen ter revolucionado a rede com a criação do seu Netscape, ele retorna com mais uma aposta: o navegador RockMelt - que estará disponível pela primeira vez nesta segunda-feira (08/11).
O navegador, construído sobre a premissa de que muitas atividades na internet irritam o usuário, tenta minimizar a necessidade de andar de um site para o outro correlacionando todas as informações vitais e novas janelas.
- Essa é nossa chance de construir um novo browser novamente - disse Andreessen, que desenvolveu o RockMelt de uma forma diferente do Netscape, que perdeu espaço para o Internet Explorer, navegador da Microsoft.
Com investimento de US$ 10 milhões, o RockMelt somente funcionará se o usuário tiver uma conta no Facebook - uma restrição que abre espaço para o navegador crescer: afinal, a rede social conta com 500 milhões de usuários.
O novo browser também garante maior interação com o Twitter. O RockMelt inclui uma ferramenta que mostra resultados de pesquisas do Google, além de ter um espaço reservado para a lista de sites favoritos, que traz notificações automáticas quando um deles é atualizado. As preferências do usuários podem ser usadas mesmo de um outro computador que tenha o navagador.
O RockMelt começa com uma meta que não é tímida: espera atrair um milhão de usuários, que podem solicitar o acesso pelo www.rockmelt.com .
- Não acredito em mercado maduro. Eu acredito que mercados estão apenas maduros quando faltam produtos inovadores - afirmou Andreessen.
Nenhum navegador chegou perto de ultrapassar o domínio do Internet Explorer - que possui 60% do mercado, segundo uma empresa de pesquisas, a Net Applications. O Mozilla detém 23%, numa distante segunda posição. Já o Chrome tem 9%.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os Segredos dos Vídeos no Marketing Viral

O marketing viral está na moda. Os videocasts e os podcasts tornaram-se ferramentas importantes e efetivas no mercado do marketing viral. Mas a pergunta que muita gente anda fazendo é “Por que alguns vídeos fazem sucesso e são propagados espontaneamente na internet?”
De acordo com a Wikipédia, um Video Viral é todo e qualquer video que atinja uma grande popularidade, baseada na propagação através de redes sociais, mensagens instantâneas, e-mails, etc. Os vídeos virais são vídeos que adquirem um alto poder de circulação na internet, alcançando grande popularidade. Portanto, criar um vídeo viral pode ser bem complexo. O video viral tem que captar a atenção total e apelar ao sentimento do usuário, incutindo nele a vontade de divulgar para outras pessoas.
Um case legal de marketing viral é o filme da SEARA criado pela agência Africa, estrelado por Robinho, Neymar e Ganso dançando a música ‘Single Ladies’ da Beyonce. Não tem nada a ver com presunto ou mortadela mas é perfeito: música e cantora de sucesso e jogadores futebol em destaque em pleno ano de copa do mundo. Resultado: quase 2 milhões de exibições em pouco mais de uma semana.
Dan Arckman, dono da agência The Comotion group, que usa e abusa do marketing viral nas campanhas que cria para seus grandes clientes, listou algumas dicas sobre o assunto:
- Vídeos virais não podem ter cara de vídeo viral, e muito menos de publicidade.
- Conteúdo não é o único responsável: ele brinca usando a expressão "content is NOT the king" em referência à máxima na internet que diz que tudo depende do conteúdo. Sim, alguma coisa depende, mas outras características também são importantes, como duração (nunca mais 30 segundos), capacidade de ser remixado, não ter a cara de publicidade etc.
- Consiga chegar na página dos vídeos mais vistos: segundo ele é o grande lance. E para isso contrata gente para postar em blogs e foruns, cria usuários fakes etc.
- Trabalhe bem os títulos: títulos como "por trás das cenas", "chocante" etc. captam a atenção dos usuários e geram mais cliques.
-Trabalhe os Thumbnails: ele coloca sempre um frame inusitado exatamente no meio da edição (valendo inclusive abusar dos talentos físicos de modelos mais desinibidas), aproveitando uma funcionalidade do Youtube de congelar o filme no meio e exibir no thumbnail como um still.
- Inicie conversações na caixa de comentários: aqui ele admite que usa e abusa de usuários fakes. Segundo Dan, a audiência se empolga ao ver brigas de trolls e usuários inflamados.
- Lance todo seu material simultaneamente: um cliente uma vez disse que ia lançar toda semana um vídeo diferente. O conselho aqui é lançar todo o material no ar de uma vez só, lembrando sempre que a caixa de vídeos relacionados está ali para isso: aumentar a exposição da marca.
- Tagueamento estratégico: outra grande dica. Invista em tags que ninguém mais usa e repita as mesmas tags em todos os vídeos da campanha, explorando assim, mais uma vez, a caixa de vídeos relacionados.
- Medição eficaz: ele termina com a indicação de duas ferramentas para medir a eficiênca das campanhas: o TubeMogul e o VidMetrix.

Por Carolina Alvares