sábado, 26 de outubro de 2013

Infográfico: O Estado da Criatividade Moderna

Você sabia que 1 a cada 2 criativos acreditam que o mercado estagnou ou ficou menos criativo nos últimos 10 anos?

Veja o infográfico criado pela iStock com os resultados de uma intensa pesquisa sobre o estado da criatividade moderna! 


Infográfico: O Estado da Criatividade Moderna

quarta-feira, 12 de junho de 2013

O "Quarto Caminho" para chegar à frente em sua carreira

Ao comentar no meu post recente "Vá com calma: 6 Princípios de Gestão de Pós-Macho", o membro do LinkedIn Roy Fraser sugeriu que existem apenas três maneiras de chegar à frente neste mundo: "seja o primeiro, seja o mais esperto ou trapaceie". E mesmo concordando com o fato de que estas são três maneiras testadas pelo tempo para chegar à frente, eu discordo de que estes sejam os únicos caminhos para uma carreira profissional bem sucedida.
A princípio, vamos ser claros sobre o que sucesso realmente significa. Isto pode soar um pouco duro, mas sucesso na carreira é um termo relativo. O mundo é um lugar competitivo, não apenas para as empresas, mas para os gestores e executivos também. A própria expressão "chegar à frente" é uma descrição de sucesso competitivo. Você está literalmente "chegando à frente" de outra pessoa - alguém que não tenha competido com tanto sucesso como você.
Então, sim, ser o primeiro e ser mais inteligente  sempre será um ativo em sua carreira, permitindo que você seja mais notado do que outros, que você garanta a  cooperação e apoio de outras pessoas, ou alcance seu objetivo. Para isso, você deve sempre se esforçar para estar bem informado, ser inteligente e ter mente aberta. Nunca interrompa a aprendizagem sobre novas técnicas, novas formas de interagir com os outros, e novos modelos de negócios que estão sendo testados por outras pessoas. Isto é especialmente importante em nosso sistema econômico cada vez mais rápido e inovador. E eu vou continuar falando em posts futuros sobre como você pode melhorar nesta área.
Mas, agora, vamos falar sobre a terceira maneira sugerida por Roy para ficar à frente - trapacear. Como os parasitas encontrados em qualquer organismo vivo, os trapaceiros sempre estarão conosco, não importa o quão confiável seja nossa sociedade em geral. Na verdade, quanto mais confiável  uma sociedade for, mais lucrativa é a oportunidade dos trapaceiros. E é definitivamente possível chegar à frente no negócio roubando ideias dos outros, ou tomando crédito onde o crédito não é devido, ou colocando a culpa dos erros em outra pessoa. Todos nós já vimos esse tipo de coisa acontecer, não é? Muitos de nós fomos vítimas disso pessoalmente.
Mas, trapaceiros levam vidas pessoais medíocres e insatisfatórias. Você pode acumular riqueza trapaceando, mas a única satisfação que provavelmente você terá é a própria riqueza, porque haverá pouco senso de realização ou de valores profundos. Além disso, no mundo hiperconectado e altamente transparente de hoje, o risco de ser pego e a penalidade de ser exposto são ambos muito mais graves do que antes. A transparência aumenta o custo e o risco de manter um segredo, então transparência extrema demanda confiança extrema. Mesmo sem ser exposto publicamente, se você regularmente recorrer à trapaça, será praticamente impossível esconder esta sua abordagem nada honesta dos seus amigos mais próximos e entes queridos, que em breve chegarão a suspeitar de seus motivos e irão "conferir o troco" em todas as relações que tiverem com você.
Mas eu gostaria que você considerasse uma quarta forma de chegar à frente, de forma competitiva, que é exatamente o oposto de trapacear: Ser confiável.

Martha Rogers e eu escrevemos um livro inteiro sobre as vantagens que uma empresa na era social pode gerar simplesmente por ser proativamente digna de confiança (o que chamamos de "confiável") com seus clientes. Essas vantagens incluem coisas como a maior lealdade do cliente e referências positivas, resiliência em face aos modelos de negócio em rápida evolução e maior valor para o acionista.

Mas ser confiável também pode beneficiar a sua própria luta pelo sucesso em sua carreira. Suponha que você desenvolva uma reputação por sempre agir em interesse do seu colega de trabalho, nunca aproveitando do erro de um colega,  ou falta de conhecimento, e até mesmo ajudando os colegas de forma proativa a atingirem seus próprios êxitos.
Se esta é a maneira que você encontrou de ser visto pelos outros, então você vai logo descobrir que outras pessoas (incluindo até mesmo alguns de seus próprios rivais) vão querer que você tenha sucesso. Em parte, isso será porque o seu sucesso agora promove também o interesse deles. Mas eu acho que a razão mais forte e menos apreciada, é que é um instinto natural do ser humano retribuir boa vontade com boa vontade. Este instinto social é tão forte que é praticamente irresistível a todos, menos aos psicopatas, cá entre nós.
Seja qual for a razão, no entanto, o fato é que quanto mais os outros veem os interesses deles alinhados com o seu, maior será o apoio que você vai receber deles, e mais competitivamente bem sucedido você será em sua própria carreira.
Ser confiável deve ser considerado como uma estratégia competitiva para o sucesso na carreira. É o "quarto caminho" para chegar à frente. E, ao contrário de trapacear, esse caminho vai pagar dividendos não apenas em termos de sua ascensão profissional, mas de sua felicidade pessoal.

quarta-feira, 6 de março de 2013

Criatividade Não é Para os Chatos

Acabo de ler o texto abaixo e ele é excelente. Merece ser compartilhado aqui no "Blog do Quê?".


O texto é de Alfredo Behrens, publicado na revista Pequenas empresas & Grandes negócios de Outubro de 2012.
Uma leitura rápida que vale a pena.


Se quiser atrair mentes criativas, não fique controlando o horário dos funcionários.
Criatividade rima com personalidades inquietas, curiosas, insatisfeitas a ponto de serem até incômodas. Criatividade não é para os chatos. De um conjunto de chatos não sairá nada de novo. Pior, eles poderão até drenas o potencial dos criativos, porque a tendência dos chatos é se unir contra o diferente.
Numa empresa, é inútil procurar extrair a criatividade de quem está sujeito a um controle de horário. Elimine o controle. É repressão. Elimine também os que acham que o controle induz à produtividade, porque a repressão não leva à virtude. O próprio lugar precisa ser orientado a estimular e acolher a criatividade.
Deve promover a interação, a troca de informações, a efervescência. Um ambiente desses atrai pessoas criativas. O reconhecimento de seus pares faz toda a diferença ao ser criativo. Os criativos se reconhecem, nutrem-se uns dos outros, precisam interagir para se inspirar.
Proximidade pode não se aplicar a todas as áreas. Por exemplo: os escritores aparecem nos lugares mais insuspeitos. Mas, por menor que seja o povoado, deve ter pelo menos uma biblioteca. Aliás, a sua empresa tem uma? Você empresta DVDs de ópera ou balé ao seus empregados? Por que não?
Já pintores, inventores, compositores são diferentes dos escritores. Todos precisam de mais. Nem que seja de tintas, de instrumentos, de laboratórios. Precisam dos outros, mas também de liberdade e cuidado. O criativo, que mal se liga no dinheiro, precisa de acolhimento. Daí os mecenas. Quer criatividade em sua empresa? Seja um mecenas, aprecie o heterodoxo, o diferente, desenvolva sua própria curiosidade.
Para estimular a criatividade em sua empresa, você precisará primeiro neutralizar os chatos. Precisa deles? Eles têm competências das quais você não pode prescindir? Então mantenha-os, mas não no comando.
Promova quem vai conviver bem com a criatividade e a eventual desordem que ela traz. Em segundo lugar, crie você mesmo um ambiente criativo, que promova o prazer de estar ali, que facilite as trocas. Não sabe como? Visite os ambientes das empresas criativas e escolha o que você quer.
Depois, contrate um arquiteto. Já seria um bom começo. Terceiro, atraia um pioneiro que caiba em seu bolso. Ele atrairá os outros criativos. Você talvez nem precise pagar por todos eles. Ofereça espaço, condições, acolha.
Essa interação acabará beneficiando os que trabalham com você. Fomente a diversidade, contrate talentos, não caras bonitas nem currículos glamourosos ou primeiros alunos. Inteligência acadêmica poderá ser um pré-requisito, mas raramente é suficiente. Einstein foi reprovado e trabalhou numa empresa de seguros até que se libertou. Já imaginou a cara do professor que o reprovou? Alguém lembra do nome? Tomara que você não tenha um dia de amargar o arrependimento de ter demitido um sujeito que decolou em outro lugar.

*Alfredo Behrens é professor da Fundação Instituto de Administração(FIA), em São Paulo. Seu livro mais recente é: Fuzilar Heróis e Premiar Covardes, O Caminho Certo para um Desastre Organizacional (Editora Bei).