segunda-feira, 22 de abril de 2019

Perennials mudam comportamento social e de consumo, segundo pesquisa.

Walter Longo apresentou dados sobre essa geração que hoje são 17% da população, mas correspondem ao dobro disso em potencial de consumo.


“É hora de esquecermos a forma que sempre utilizamos para segmentar e estratificar a sociedade. A chegada dos Perennials muda tudo na análise do comportamento social e de consumo”, declarou Walter Longo, sócio e CIO da BBL, holding de entretenimento especializada em e-sports, no evento “Marketing de Engajamento: em busca da audiência perdida”, realizado no último dia 26 no Cubo Itaú, em São Paulo.
Walter Longo apresentou pesquisa encomendada pela BBL e realizada pela MindMiners, que buscou identificar os Perennials e seu novo comportamento social. “Eles são 17% da população, mas correspondem ao dobro disso em potencial de consumo e o triplo na capacidade de influenciar os demais. Essa geração é uma fatia importante do universo gamer, embora muitos pensem que esse universo seja formado apenas por Millennials. O mercado gamer é avaliado atualmente em US$ 1,5 bilhão e cresce 20% ao ano, com 454 milhões de espectadores globais, sendo 30 milhões apenas no Brasil”, destacou Longo durante a apresentação.
Perennials
Os Perennials não se relacionam por idade e sim por identidade. São pessoas de qualquer faixa etária, que vivem o presente, adotam tecnologia precocemente e têm amigos de múltiplas faixas etárias. Segundo a pesquisa, Perennials são 85% mais interessados em tecnologia, 33% em games, 42% em livros e 24% em cinema, em comparação com a média da população geral.
Essa geração também prefere ficar em casa e assistir streamings online ou TV à cabo do que sair para festas. E, dentre os conteúdos mais consumidos, estão os documentários e jornalismo, destacando uma queda de audiência em TV aberta mais acentuada em comparação com a população geral. A amizade e as relações para os Perennials são marcadas pelos interesses comuns, mais que na faixa etária, proximidade física ou grau de parentesco.
“Os Perennials gostam de marcas com propósito e que assumem causas. Empresas como a Amazon e Netflix estão liderando esse processo hoje porque segmentam seus produtos por comportamentos e estilos de vida e não mais por critérios de idade. A maneira de perceber a realidade determina a forma como uma empresa pode se diferenciar da concorrência”, explica o executivo.
Perennials vs. e-sports
O e-sports conecta todos os Perennials por meio de uma plataforma inclusiva, lúdica e participativa. É possível ter jogadores de 45 anos disputando torneios com garotos de 18 anos. “O engajamento, natural dos Perennials em tudo que fazem, encontra nos games a resposta mais lógica para exercer sua visão colaborativa e participativa do mundo. Em 40 anos de atividade em marketing nunca conheci nada tão engajador e com tanta capacidade de crescer como o universo do e-sports”, disse Walter Longo.
Este é um fenômeno inédito por diversas razões, como:
  • Conectar pessoas globalmente, formando uma tribo sem limites demográficos;
  • Faz parte da sociedade cada vez mais conectada;
  • Permite a interatividade e geração de Big Data para retargeting e pós-marketing;
  • É inclusivo e dá oportunidade a todos, independente de idade, gênero ou classe social;
  • Gera engajamento em 3D: pelo jogo, pelo time e pelo evento.
Tanto que os e-sports apareceu pela primeira vez no Tech Trends Report, apresentado pela futurologista Amy Webb, durante o SXSW 2019. “Há uma corrida do ouro para as marcas que desejam fazer parte desse mercado. Precisam se integrar e criar um relacionamento com o público-alvo para alcançar o engajamento. O digital é engajamento com experiência. Mas a abordagem deve ser cuidadosa, colaborativa e com respeito”, finalizou Longo.

terça-feira, 26 de junho de 2018

Vai que é a sua vez Lukaku!

Não, hoje não vou escrever sobre tecnologia, mídias sociais, digital e etc.. E o motivo é que encontrei e vou compartilhar com vocês um conteúdo 100% humano e que fala alto ao coração: Li há pouco uma carta aberta escrita pelo jogador belga Lukako e me emocionei com a sua verdade, a sua história de vida e a sua determinação em vencer todas as mazelas que a vida lhe impôs, até chegar onde está hoje, jogando a Copa de 2018 e com reais possibilidades de ser o seu artilheiro.

O seu depoimento nos faz refleti sobre vários aspectos da vida e é difícil não conseguirmos fazer um paralelo com alguns dos nossos atuais ídolos brasileiros do futebol. 

Aqui o texto traduzido por Bruno Bonsanti.

"Tenho algumas coisas a dizer. 

Eu me lembro do momento exato em que soube que estávamos quebrados. Ainda consigo visualizar minha mãe na geladeira e o olhar no rosto dela.

Eu tinha seis anos de idade e cheguei de casa para almoçar durante o intervalo da escola. Minha mãe me dava a mesma coisa todos os dias: pão e leite. Quando você é uma criança, nem pensa sobre isso. Mas acho que era tudo que podíamos comprar.

Naquele dia, eu cheguei em casa e entrei na cozinha e vi minha mãe na geladeira com uma caixa de leite, como sempre. Mas, naquela vez, ela estava misturando algo. Ela estava balançando, sabe? Eu não entendi o que estava acontecendo. Ela me trouxe o almoço e estava sorrindo, como se tudo estivesse bem. Mas eu percebi na hora o que estava acontecendo.

Ela estava misturando água no leite. Não tínhamos dinheiro suficiente para o resto da semana. Estávamos quebrados. Não apenas pobres, mas quebrados.

Meu pai havia sido um jogador profissional de futebol, mas estava no fim da sua carreira e não havia mais dinheiro. A primeira coisa que perdemos foi a TV a cabo. Acabou o futebol. Acabou o Match of the Day (famoso programa esportivo britânico). Acabou o sinal.

Chegava em casa à noite e as luzes estavam apagadas. Sem eletricidade por duas, três semanas de uma vez.

Eu queria tomar banho, e não havia mais água quente. Minha mãe esquentava a chaleira no fogão, e eu ficava em pé no chuveiro jogando água quente na minha cabeça com um copo.

Houve ocasiões em que minha mãe precisava pedir pão “emprestado” da padaria no fim da rua. Os padeiros nos conheciam, eu e meu irmãozinho, então deixavam que ela pegasse uma fatia de pão na segunda-feira e pagar apenas na sexta.

Eu sabia que tínhamos problemas. Mas, quando ela estava misturando água no leite, eu percebi que já era, sabe? Essa era nossa vida.

Eu não disse uma palavra. Não queria estressá-la. Eu apenas comi meu almoço. Mas eu juro por Deus, eu fiz uma promessa a mim mesmo naquele dia. Era como se alguém tivesse estalado os dedos e me acordado. Eu sabia exatamente o que precisava fazer e o que iria fazer.

Eu não podia ver minha mãe vivendo daquele jeito. Não, não, não. Eu não aceitaria aquilo.

As pessoas no futebol amam falar sobre força mental. Bom, eu sou o cara mais forte que você vai conhecer. Porque eu me lembro de me sentar no escuro com meu irmão e minha mãe, rezando, e pensando, acreditando, sabendo… que um dia aconteceria.

Não contei minha promessa para ninguém por um tempo. Mas, alguns dias, eu chegava em casa da escola e encontrava minha mãe chorando. Então, eu finalmente a disse um dia: “Mãe, tudo vai mudar. Você vai ver. Eu vou jogar futebol pelo Anderlecht e vai acontecer rápido. Vamos ficar bem. Você não precisará mais se preocupar”.

Eu tinha seis anos.

Eu perguntei para o meu pai: “Quando eu posso começar a jogar futebol profissional?”

Ele disse: “Dezesseis anos”

Eu disse: “Ok, dezesseis anos, então”.

Aconteceria. Ponto final.

Deixa eu dizer uma coisa – todo jogo que eu já disputei foi uma final. Quando eu jogava no parque, era uma final. Quando eu jogava no recreio do jardim de infância, era uma final. Eu estou falando sério para caralho. Eu tentava rasgar a bola todas as vezes que eu chutava. Força total. Não estava chutando com o R1, brother. Não era chute colocado. Eu não tinha o novo Fifa. Eu não tinha um Playstation. Eu não estava brincando. Eu estava tentando te matar.

Quando eu comecei a ficar mais alto, alguns dos professores e pais começaram a me estressar. Eu nunca vou esquecer a primeira vez que ouvi um dos adultos dizer: “Ei, quantos anos você tem? Que ano você nasceu?”

E eu fiquei, tipo, o quê? Tá falando sério?

Quando eu tinha 11 anos, eu jogava pela base do Lièrse, e um dos pais do outro time literalmente tentou me impedir de entrar no gramado. Ele disse: “Quantos anos tem essa criança? Onde está o documento dela? Da onde ela veio?”

Eu pensei: “Da onde eu vim? O quê? Eu nasci na Antuérpia. Eu vim da Bélgica”.

Meu pai não estava lá porque ele não tinha carro para me levar aos jogos for a de casa. Eu estava completamente sozinho e precisava me impor. Eu fui pegar meu documento, na minha mala, e mostrei para todos os pais, e eles o passaram de mão em mão, inspecionando, e eu lembro do sangue me subindo à cabeça… e pensei: “Oh, eu vou matar o seu filho mais ainda agora. Eu já ia matá-lo, mas, agora, eu vou destruí-lo. Você vai levar seu filho para casa chorando agora”.

Eu queria ser o melhor jogador de futebol da história da Bélgica. Era esse meu objetivo. Não apenas bom. Não apenas ótimo. O melhor. Eu jogava com muita raiva por causa de muitas coisas… por causa dos ratos que viviam no nosso apartamento…. porque eu não podia assistir à Champions League… pela maneira como os outros pais olhavam para mim.

Eu estava em uma missão.

Quando eu tinha 12 anos, eu marquei 76 gols em 34 partidas.

Eu marquei todos eles usando as chuteiras do meu pai. Quando nossos pés ficaram do mesmo tamanho, nós as compartilhávamos.

Um dia, eu liguei para o meu avô – o pai da minha mãe. Ele era uma das pessoas mais importantes da minha vida. Ele era minha conexão com a República Democrática do Congo, da onde minha mãe e meu pai vieram. Então, eu estava no telefone com ele um dia, e eu disse: “Estou indo bem. Eu fiz 76 gols e ganhamos a liga. Os grandes times estão começando a me notar”.

E geralmente ele queria ouvir sobre os meus jogos. Mas, naquela vez, estava estranho. Ele disse: “Yeah, Rom, yeah, isso é ótimo. Mas você pode me fazer um favor?”

Eu disse: “Sim, qual?”

Ele disse: “Você pode cuidar da minha filha, por favor?”

Eu me lembro de ter ficado confuso. Sobre o que o vovô estava falando?

Eu disse: “A mamãe? Sim, estamos bem. Estamos ok”.

Ele disse: “Não. Você tem que me prometer. Você pode me prometer? Cuide da minha filha. Apenas cuide dela para mim. Ok?”

Eu disse: “Sim, vovô. Entendi. Eu prometo”.

Cinco dias depois, ele morreu. E, então, eu entendi o que ele queria dizer.

Eu fico muito triste pensando nisso porque eu gostaria que ele tivesse ficado vivo mais quatro anos para me ver jogar pelo Anderlecht. Para ver que eu cumpri minha promessa, sabe? Para ver que tudo ficaria bem.

Eu disse para minha mãe que eu conseguiria chegar lá quando tivesse 16 anos.

Eu errei por 11 dias.

24 de maio de 2009.

A final do playoff. Anderlecht versus Standard Liège.

Aquele foi o dia mais doido da minha vida. Mas precisamos retroceder um pouco. Porque no começo da temporada, eu mal estava jogando pelo sub-19 do Anderlecht. O treinador me colocou na reserva. E eu pensava: “Como vou conseguir um contrato profissional no meu 16º aniversário se ainda estou no banco pelo sub-19?”.

Então, fiz uma aposta com o treinador.

Eu disse para ele: “Eu garanto algo a você. Se você me colocar para jogar, eu vou fazer 25 gols até dezembro”.

Ele riu. Ele literalmente riu da minha cara.

Eu disse: “Vamos fazer uma aposta”.

Ele disse: “Ok, mas se você não fizer 25 gols até dezembro, você vai para o banco de reservas”.

Eu disse: “Certo, mas, se eu vencer, você vai limpar todas as minivans que levam os jogadores para casa depois do treino”.

Ele disse: “Ok, fechado”.

Eu disse: “E mais uma coisa. Você tem que fazer panqueca para nós todos os dias”.

Ele disse: “Ok, certo”.

Foi a aposta mais estúpida que o homem já fez.

Eu tinha 25 gols em novembro. Estávamos comendo panqueca antes do Natal, bro.

Que sirva de lição. Você não mexe com um garoto que está com fome.

Eu assinei contrato profissional com o Anderlecht no meu aniversário, 13 de maio. Fui direto comprar o novo Fifa e um pacote de TV a cabo. Já era o fim da temporada, então estava em casa relaxando. Mas a liga belga estava doida naquele ano, porque Anderlecht e Standard Liège terminaram empatados em pontos. Então, haveria um playoff de duas partidas para decidir o título.

Durante o jogo de ida, eu estava em casa assistindo à TV como um torcedor.

Então, no dia anterior ao jogo de volta, eu recebi uma ligação do técnico dos reservas.

“Alô?”

“Alô, Rom. O que você está fazendo?”

“Saindo para jogar bola no parque”.

“Não, não, não, não, não. Faça suas malas. Agora mesmo”.

“Por quê? O que eu fiz?”

“Não, não, não. Você precisa sair para o estádio agora. O time principal pediu por você”.

“Yo….o quê? Eu?!”

“Sim. Você. Venha. Agora”.

Eu literalmente corri para o quarto do meu pai. “YO! Levanta, porra. Precisamos correr, cara!”.

“Huh? O quê? Pra onde?”

“ANDERLECHT, CARA”.

Eu nunca vou esquecer. Eu cheguei ao estádio e praticamente corri para o vestiário. O roupeiro disse: “Ok, garoto, que número você quer?”.

E eu disse: “Me dá a 10”.

Hahahahahaha sei lá, eu era muito jovem para ter medo, acho.

E ele: “Jogadores da base usam números acima do 30”.

Eu disse: “Ok, bem, três mais seis é igual a nove, e esse é um número legal, então me dá a 36”.

Naquela noite, no hotel, os jogadores adultos me fizeram cantar uma música para eles no jantar. Eu nem me lembro qual escolhi. Minha cabeça estava girando.

Na manhã seguinte, meu amigo literalmente bateu na porta da minha casa para ver se eu queria jogar futebol e minha mãe disse: “Ele saiu para jogar”.

Meu amigo: “Jogar onde?”

Ela disse: “Na final”.

Saímos do ônibus no estádio, e cada jogador estava usando um terno legal. Menos eu. Eu saí do ônibus usando um terrível agasalho e todas as câmeras de TV estavam na minha cara. A caminhada para o vestiário foi de talvez 300 metros. Talvez uma caminhada de três minutos. Assim que coloquei meu pé no vestiário, meu telefone começou a explodir. Todo mundo havia me visto na televisão. Eu recebi 25 mensagens em três minutos. Meus amigos estavam ficando loucos.

“Bro?! Por que você está no jogo?!”

“Rom, o que está acontecendo? POR QUE VOCÊ ESTÁ NA TV?”

A única pessoa que respondi foi meu melhor amigo. Eu disse: “Brother, eu não sei se vou jogar. Eu não sei o que está acontecendo. Mas continua vendo TV”.

Aos 18 minutos do segundo tempo, o treinador me colocou em campo.

Eu corri no gramado pelo Anderlecht aos 16 anos e 11 dias.

Perdemos a final naquele dia, mas eu já estava no céu. Eu cumpri a promessa para a minha mãe e para meu avô. Aquele foi o momento em que eu soube que ficaríamos bem.

Na temporada seguinte, eu ainda terminava o meu último ano do colégio e jogava na Liga Europa ao mesmo tempo. Eu precisava levar uma grande mochila para o colégio para poder pegar um voo no fim da tarde. Vencemos a liga com folga. Foi…uma loucura!

Eu realmente esperava que tudo isso acontecesse, mas talvez não tão rápido. De repente, a imprensa estava crescendo em torno de mim, e colocando todas essas expectativas nas minhas costas. Especialmente com a seleção nacional. Por algum motivo, eu não estava jogando bem pela Bélgica. Não estava funcionando.

Mas, yo – pera lá. Eu tinha 17 anos! 18! 19!

Quando as coisas corriam bem, eu lia os artigos de jornal e eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga.

Quando as coisas não corriam bem, eles me chamavam de Romelu Lukaku, o atacante belga descendente de congoleses.

Se você não gosta do jeito como jogo, tudo bem. Mas eu nasci aqui. Eu cresci na Antuérpia, em Liège e em Bruxelas. Eu sonhava em jogar pelo Anderlecht. Eu sonhava em ser Vincent Kompany. Eu começava uma frase em francês e terminava em holandês, e colocava um pouco de espanhol e português ou lingala, dependendo do bairro em que eu estivesse.

Eu sou belga.

Somos todos belgas. É isso que faz este país legal, certo?

Eu não sei por que algumas pessoas do meu próprio país querem que eu fracasse. Eu realmente não entendo. Quando fui para o Chelsea e não estava jogando, eu os ouvi dando risada de mim. Quando fui emprestado para o West Brom, eu os ouvi dando risada de mim.

Mas tudo bem. Essas pessoas não estavam comigo quando colocávamos água no nosso cereal. Se vocês não estavam comigo quando eu não tinha nada, vocês realmente não podem me entender.

Sabe o que é engraçado? Eu perdi dez anos de Champions League quando era criança. A gente não podia pagar. Eu chegava à escola e todas as crianças estavam falando sobre a final e eu não sabia o que havia acontecido. Eu me lembro de 2002, quando o Real Madrid jogou contra o Bayer Leverkusen, e todo mundo falava “aquele voleio! Meu Deus, aquele voleio!”.

E eu tinha que fingir que sabia do que estavam falando.

Duas semanas depois, estávamos sentados na aula de computação, e um dos meus amigos baixou o vídeo da internet, e eu finalmente vi Zidane mandar aquela bola no ângulo com a perna esquerda.

Naquele verão, eu fui para minha casa para assistir ao Ronaldo Fenômeno na final da Copa do Mundo. A história de todo o resto daquele torneio eu ouvi das crianças da escola.

Eu lembro que eu tinha buracos nos meus sapatos em 2002. Grandes buracos.

Doze anos depois, eu estava jogando a Copa do Mundo.

Agora, estou prestes a jogar outra Copa do Mundo e meu irmão está comigo desta vez (o texto foi provavelmente escrito antes da convocação final porque Jordan Lukaku, irmão de Romelu, estava na pré-convocação, mas não chegou à lista final). Duas crianças da mesma casa, da mesma situação, que deram certo. Sabe de uma coisa? Eu vou me lembrar de me divertir dessa vez. A vida é curta demais para estresse e drama. As pessoas podem dizer o que quiserem sobre nosso time, sobre mim.

Cara, escuta – quando éramos crianças, não podíamos pagar para ver Thierry Henry no Match of the Day! Agora, estamos aprendendo com ele todos os dias no time nacional (Henry é auxiliar de Roberto Martínez, técnico da Bélgica). Estou junto com a lenda, em carne e osso, e ele está me dizendo tudo sobre como atacar os espaços como ele costumava fazer. Thierry deve ser o único cara no mundo que vê mais jogos do que eu. Nós debatemos tudo. Estamos sentados e tendo debates sobre a segunda divisão da Alemanha.

“Thierry, você viu o esquema do Fortuna Düsseldorf?”

Ele: “Não seja tonto. Claro que vi”.

Isso é a coisa mais legal do mundo para mim.

Eu apenas realmente, realmente gostaria que meu avô estivesse vivo para ver isso.

Não estou falando da Premier League.

Nem do Manchester United.

Nem da Champions League.

Nem da Copa do Mundo.

Não é disso que estou falando. Eu apenas queria que ele estivesse vivo para ver a vida que temos agora. Eu gostaria de ter mais uma conversa com ele por telefone, para poder dizer para ele…

“Viu? Eu disse para você. Sua filha está bem. Não há mais ratos no nosso apartamento. Ninguém mais dorme no chão. Não há mais estresse. Estamos bem agora. Estamos bem…

…Eles não precisam mais checar nossos documentos. Eles conhecem nosso nome”.

sábado, 14 de janeiro de 2017

QUAL É O VALOR REAL DE UM LIKE? ENTENDA A IMPORTÂNCIA DO BOTÃO CURTIR NAS RELAÇÕES ONLINE



Dar e receber feedback é uma parte fundamental da experiência das pessoas nas redes sociais. Os Likes, num aspecto geral, servem como ferramentas para a manutenção de relacionamentos entre as pessoas e cumprem o papel de indicadores sociais de aceitação e estima. Além disso, podem adquirir diferentes significados para pessoas diferentes em cada contexto. É a opção curtir que garante a construção de vínculos para  manter relações virtuais com os amigos e conhecidos.

Os comentários, compartilhamentos, ou seja, cada ação dentro dos círculos criados nas mídias sociais carrega um significado intrínseco específico, mas é o Like, a interação mais simples, que traz as interpretações mais diversas e a maior dinamicidade no sentido de feedback. Apesar de ser percebido pela maioria das pessoas como um capital social de menor valor, o Like reflete a justificativa para muitas pessoas estarem constantemente ativas no Facebook e nas redes sociais, que é a busca por aprovação, receber um indicativo de aceitação constante nos conteúdos e ações.

Por ser uma forma menos esforçada de comunicação do que comentários ou mensagens, o Like é um sinal social que geralmente vêm para reduzir incertezas interpessoais, formar impressões e desenvolver afinidade. Pode ser um sinal de adequação ou aceitação social, pode significar apoio psicológico e empatia, ou simplesmente sinalizar que um amigo viu uma publicação.

O Like tem então uma importância teórica como um bem social. E essa ambiguidade em torno dos seus significados é importante para compreender as motivações do compartilhamento de conteúdo e o papel do feedback dos contatos no ecossistema de mídia social.

Embora o Like contenha muito menos informação do que um comentário ou uma mensagem baseada em texto, não deixa de ser uma forma de conteúdo e, portanto, tem valor de engajamento. Dentro de um contexto particular, o número de curtidas que uma pessoa recebe pode indicar popularidade ou características de personalidade. Por exemplo, quanto mais Likes uma atualização de status de uma pessoa receber, mais extrovertida a pessoa vai parecer frente a um estranho. 

O autor da postagem também sente essa associação direta com a popularidade. Por exemplo, uma pesquisa comportamental desenvolvida pelo Facebook Research descobriu que os usuários do Facebook se incomodam com a pressão por postar conteúdos populares entre os amigos, e que uma parcela dos jovens não hesita em excluir uma publicação ou foto por não ter interações suficientes. Os Likes podem ser descritos então como micro-operações, que podem ajudar criar um ambiente onde é decretada uma lei de atenção recíproca, mesmo exigindo baixo nível de preparação social.

Mas o quão importante é para as pessoas ter um número suficiente de Likes e por que?


Mais da metade (52,7%) dos participantes do estudo do Facebook confirmaram que a obtenção de um número suficiente de curtidas é importante para eles. No entanto, apenas 16% dos participantes concordaram com a afirmação “Se o meu post não recebe Likes suficientes, isso me faz sentir mal”. Embora a maioria dos entrevistados não se sente mal sobre não ter Likes suficientes, em respostas abertas, as descobertas envolvendo as motivações das pessoas ao apertar o botão curtir foram curiosas.


As respostas incluíram quatro principais variáveis:

• Contrato social (Somos amigos e precisamos demonstrar que gostamos das mesmas coisas)
• Atenção (Estou realmente interessado no que meus amigos têm a dizer e em como se sentem em relação às coisas)
• Apoio (Quero parecer atencioso ou simplesmente ser solidário)
• Empatia (Me identifico ou me relaciono de alguma forma com o que foi publicado).


O que importa mais – O número de curtidas ou de quem vieram esses likes?


Os participantes se mostraram mais preocupados em receber Likes de pessoas específicas, ao invés de uma determinada quantidade. De acordo com a pesquisa, 42,5% dos participantes disseram que se importam mais com quem são as pessoas que dão Like em suas postagens do que com o número de curtidas recebidas, enquanto apenas 10,5 % disseram que o número era mais importante. Além disso, 58,1 % concordaram com a afirmação que “Há certas pessoas de quem eu desejo receber Likes, mais que de outras”


O Like é a ação online mais onipresente no mundo. O simples ato de comunicação, independente do conteúdo, já é capaz de passar uma mensagem simbólica que envolve o tempo e esforço que um amigo está disposto a de dedicar ao outro, às opiniões e mensagens alheias. O valor do Like como interação está ligado ao seu simbolismo como indicador de aprovação, empatia e aos significados ocultos que o botão curtir carrega. 

Fonte: Facebook Research



sexta-feira, 26 de agosto de 2016

TSUNAMI DIGITAL


Confesso que queria encontrar um título mais impactante – pensei mesmo em chamar de “a quarta revolução industrial” – mas creio que a comparação seria limitada (e incoerente com a observação sociológica que indica a mudança de uma sociedade industrial para uma sociedade baseada no conhecimento). Procurando por uma metáfora, fiquei com a definição do Klaus Schwab (presidente do Fórum Econômico Mundial) – tsunami – se vê pequenos sinais à beira-mar e de repente a onda gigante te engolfa. O mundo digital do futuro (próximo), conduzido pela inteligência artificial, internet das coisas e (não canso de repetir, o cada vez mais famoso) big data têm promovido mudanças tão rápidas e densas que pode ser difícil dar um passo atrás e tentar entender o fenômeno. De fato, as transformações têm um potencial tão esmagador, que ao invés de surfar as ondas, podemos, de repente, nos encontrar “levando um caldo”.
Recomendo a leitura do relatório “Technology Tipping Points and Societal Impact”, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, com as tendências, cronograma e o impacto esperado na sociedade promovido pelos 3 condutores mencionados no parágrafo anterior. Quem quiser se preparar para a leitura das 44 páginas do relatório, faço um apanhado geral a seguir do que consta nele. Antes, penso ser necessário dar uma pequena explicação a respeito do motivo pelo qual se “bate” tanto na tecla da importância da tecnologia.
A palavra-chave do “mundo” em que vivemos hoje é interconexão. “Globalização”, “sociedade pós-moderna” e outros termos obscuros que se encontra por aí, tem na sua semântica a integração – seja ela de mercados, de pessoas, de culturas, de países, etc. Tudo é interligado: tecnologia, segurança, crescimento econômico, sustentabilidade e identidades culturais. A mudança tecnológica não é um fenômeno isolado, faz parte de um ecossistema complexo que compreende negócios, ações governamentais e as suas dimensões sociais. Por exemplo, para um país fazer um ajuste para o novo tipo de competição orientada pela inovação e criação de propriedade intelectual, todo o ecossistema tem de ser considerado – não é à toa que no ano passado a Finlândia reformulou o seu sistema educacional com foco no estímulo ao autoaprendizado e embasado principalmente pelo uso da tecnologia e o acesso à internet. Então, se algo muda (ou está mudando constantemente) como no caso da tecnologia, todo o sistema precisa se adaptar para manter-se sustentável.
Sem mais delongas, o que o relatório aponta pode ser resumido, “Zagallomicamente”, em 13 pontos principais:

1) TECNOLOGIAS USÁVEIS E IMPLANTÁVEIS:

alguém se recorda dos tijolões que eram os celulares nos anos 90? E dos diminutos do início dos anos 2000? Por volta de 2025 podemos olhar os smartphones da mesma maneira. Há um certo consenso de que os primeiros celulares implantáveis estarão disponíveis no mercado dentro de 9 anos. Há mais consenso ainda em relação às roupas conectadas à internet.
2) PRESENÇA DIGITAL:
há uns 15 anos, ter “presença” digital significava possuir uma conta de e-mail. Hoje, até nossos avós possuem um login no Facebook, no Twitter ou mesmo um site pessoal. Em 10 anos, cerca de 90% das pessoas no mundo terão alguma forma de presença digital. Com isto, pode-se concluir que 90% da população mundial estará conectada na internet. Não é pouca coisa em relação ao conceito de interconexão que comentei anteriormente.

3) A VISÃO COMO NOVA INTERFACE:

não sei quantos dos que me leem usam óculos. Eu pessoalmente, os uso desde os 13 anos. O que meus olhinhos míopes não esperavam é pela informação de que por volta de meados da próxima década, 10% de todos os óculos do mundo também estarão conectados à internet. Isto quer dizer acesso a apps (ou o que for a onda na época) literalmente ao alcance da vista. Também significa acesso e produção de dados em movimento.

4) COMPUTAÇÃO ONIPRESENTE:

esta tem a ver com a presença digital (ponto 2). É uma informação complementar. Hoje, por volta de 57% das pessoas do mundo estão conectadas à internet. 90% de conexão também significa a presença quase total dos computadores na vida do ser-humano. Não é por acaso que a inteligência artificial tem estado cada vez mais no centro da atenção de quem cria propriedade intelectual e que conceitos como machine learningex-machina e similares veem se tornando pop.

5) TECNOLOGIA MÓVEL:

em português brasileiro, “combinamos” de chamar os telefones celulares de “celulares”. Mas em outras praias eles são chamados de telefones móveis e chamo a atenção para a palavra “móvel”. A mobilidade elevou a internet a outro patamar, e não vai perder força ou importância no futuro próximo. Pode-se esperar dispositivos mais sofisticados, mas sempre permitindo mobilidade.

6) ARMAZENAMENTO PARA “GERAL”:

em carioquês, para “geral” quer dizer para todos. Em 10 anos, 90% dos que tem acesso à internet, também terão armazenagem ilimitada e gratuita nas “nuvens”. Daqui a pouco quase ninguém terá que se preocupar em apagar foto ou vídeo porque acabou o “espaço” no celular.

7) A INTERNET DAS COISAS E PARA AS COISAS:

óculos, roupas, eletrodomésticos e acessórios. Durante a próxima década, a previsão é que haja 1 trilhão de sensores conectados ao que usamos normalmente. Espera-se que estes sensores nos ajudem a melhorar a segurança (de alimentos à aviões), aumentar a produtividade (o que quer que isto signifique) e nos ajudar a administrar nossos recursos de maneira mais eficiente e sustentável (mesmo porque sempre precisamos de uma utopia).
8) CIDADES E CASAS INTELIGENTES:
alguns hoje já são afortunados o suficiente para ter um ou outro eletrodoméstico conectado à internet (tipo uma smart TV ou um sistema de som). As previsões para a próxima década é levar cerca de 50% do tráfego de internet de uma residência para dispositivos ou aparelhos domésticos como frigideiras, geladeira, ar-condicionado, sistemas de segurança, dentre outros. O impacto em cidades deve-se dar principalmente no controle de sinais de trânsito e transporte público.

9) BIG DATA SIGNIFICA BIG INSIGHT:

praticamente todos os países do mundo promovem censos governamentais, mas eles são todos mais ou menos da mesma maneira – ou o cidadão recebe pelos correios ou vai um funcionário até a residência. A previsão é que até 2025, pelo menos 1 governo no mundo já tenha substituído seu processo de recenciamento por análise de dados em fontes geradoras ou armazenadoras de big data.

10) ROBÔS E O AMBIENTE DE TRABALHO:

não é segredo de que algumas indústrias funcionam a base de robôs, mas o quanto deles estarão presentes no ambiente de trabalho, digamos, mais administrativo? Há uma previsão de que nos próximos 10 anos, cerca de 30% das auditorias corporativas sejam feitas por robôs. Alguns acreditam que seja também possível lançar neste prazo o primeiro farmacêutico robô.

11) MOEDA DIGITAL:

hoje cerca de 0, 025% do PIB mundial é negociado via blockchain (quem não está habituado com o termo, é uma espécie de “livro-razão” – ou razonete – em que se registra as transações em bitcoin ou similares). Alguns acreditam que esta porcentagem possa chegar a 10% do PIB mundial até 2025 (embora não seja muito crível). Mas muito provavelmente algum governo já estará coletando impostos via blockchain.

12) ECONOMIA COMPARTILHADA:

em 2013 quando a consultora April Rinne causou “furor” em Davos ao falar sobre economia compartilhada (ou economia circular), pouca gente tinha familiaridade com o termo. Hoje, Uber e Airbnb fazem parte do clube do bilhão. Esta tendência não deve perder força na próxima década.

13) IMPRESSORA 3D:

é considerada um dos “pilares do futuro da manufatura”. O epíteto já diz tudo. Acredita-se que em 10 anos, 5% dos manufaturados serão “impressos” em 3D.
Sei que o texto é longo, se você chegou até aqui, agradeço pela companhia.
Por Marcelo Tibau em Updateordie!

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Infográfico Mostra Perfil do Usuário Brasileiro no Instagram

Atualmente, o Instagram tem mais de 300 milhões de usuários, perdendo em tamanho apenas para o Facebook. Devido ao fato de divulgar apenas os números mundiais, traçar um perfil específico do comportamento dos usuários brasileiros no Instagram pode ser um desafio.

A agência Iska Digital realizou um estudo com base nos dados do mercado disponibilizados pelo Instagram, referentes aos usuários que vinculam suas contas com o Facebook.

Segundo o levantamento, o Brasil está entre os países com maior número de usuários. Ao todo, são 16 milhões de brasileiros disponíveis para anúncio. O número ainda é pequeno se comparado ao Facebook, com 101 milhões de usuários no país.

No entanto, o comportamento mobile mostra-se cada vez mais promissor. Dos 101 milhões, 88 milhões acessam via celular enquanto 59 milhões acessam via computador.

A agência vê o Instagram como uma poderosa opção de mídia se comparada com a mídia de massa. São 16 milhões contra 344 mil leitores da Folha de S. Paulo, maior jornal em circulação no país, por exemplo.

No momento, estão disponíveis 3 tipos de anúncio para o Instagram: cliques no site, instalação de aplicativos e visualizações de vídeo.

Confira alguns dados do estudo no infográfico abaixo (clique na imagem para ver ampliada):


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Redação para Redes Sociais

As redes sociais se tornaram grande vitrine para empresas e profissionais que percebem a importância de ter uma presença relevante online. Muitas terceirizam o serviço deixando a cargo de profissionais de marketing digital, porém muitas outras fazem uso dos recursos disponíveis para não deixar de utilizar a ferramenta e se beneficiar com os resultados. E aí surge a dúvida sobre a melhor forma de redigir e apresentar o conteúdo.
Neste quesito, as redes sociais compõem uma forma de utilizar o Marketing de Conteúdo, por isso fala-se muito dele e de como produzir informação interessante aos clientes e prospects. Mas além da preocupação com o teor da mensagem, é importante um cuidado também com a abordagem e a linguagem utilizada.
Tanto o conteúdo em si como a forma de apresentá-lo partem de um mesmo ponto: a análise do posicionamento e do público da empresa, seguido de um planejamento. Estas informações são importantíssimas, indicarão o caminho a seguir de forma mais correta e a linha criativa que melhor se enquadra. Desta análise obtém-se a resposta de uma questão recorrente: a linguagem! Por se tratar de redes sociais, a linguagem em geral pode ser mais pessoal, mais íntima, de certa forma. Mas é o público e a linha de comunicação da empresa que vão limitar esta relação e proximidade e consequentemente sua expressão nas redes. Gaste tempo nesta análise, vai recompensar, lembrando que o foco é o cliente, seus problemas e necessidades e não autopromoção!
O ideal é criar um cronograma de postagens para melhor organizá-las e partir para a produção! Se estamos tratando as redes sociais como mídia, temos que tratar os posts como anúncios, ou seja, precisam ser bem pensados e elaborados! Em publicidade o papel do texto é tão importante quanto a imagem, pode substituir, ancorar ou completar o sentido. Já nas principais redes, como Facebook e Instagram, a imagem tem um poder maior, mas o texto pode ser bastante útil para engajar e promover o relacionamento. O Twitter é uma rede que se vale de texto, e nele chama a atenção as respostas mais criativas, é jogo rápido, precisa ser pessoal e se diferenciar.
Quando tratamos de criatividade não há como definir regras, mas na parte de textos é possível destacar alguns pontos:
  • Utilização de perguntas – elas podem gerar comentários, só não vale fazer a pergunta e indicar “se gostou curte, se amou compartilha”, não faz mais efeito (se é que fez um dia…)
  • Por que não utilizar texto longo no Instagram? Experimente!
  • Utilização estratégica das Hashtags – fazer uso das hashtags com palavras chave indicativas, pensando em como aquelas palavras podem indicá-lo, localizá-lo!
  • Diferenciação de adjetivos e formas de fazer a chamada – analise os últimos posts e tente não se repetir. Se na maior parte da semana você informar que chegou novidades na sua loja, suas postagens e novidades serão cansativas para quem vê!
  • Avaliação do padrão dos posts que deram mais resultado – para repetir o que funcionou, tanto nos seus quanto nos da concorrência!
  • Português correto! Nunca é demais lembrar…
Por fim, inspiração vem de referências, leia, se atualize e esteja aberto a experimentar, isso vai ajudar na hora de bolar “aquele” texto para “o” post.

Por Caroline Trapp 

domingo, 4 de janeiro de 2015

10 tendências para o Marketing de Conteúdo em 2015

Chegou aquela época do ano em que todo mundo gosta de fazer previsões, apostar fichas e até mesmo consultar cartas, búzios e outras formas de tentar saber como será o futuro. A verdade é que ninguém pode dizer ao certo, mas ao vermos algumas tendências, é possível traçar boas estratégias.
Hoje vamos falar sobre algumas tendências e ideias do que pode começar a tomar forma em 2015 e como podemos nos preparar. Prontos? Então vamos lá!

1. Interação é coisa séria!

A interação não é grande novidade. Porém a importância que ela tem no nosso cotidiano ficará cada vez maior. Isso significa que precisamos prestar ainda mais atenção no que as pessoas nos dizem e isso nem sempre acontece de forma verbal.
Ficar atento aos sinais e movimentos inesperados do seu público é importante para saber como interagir da melhor maneira.

2. Dividir para integrar

Esta tendência é, na verdade, um desafio. Ainda vivemos uma realidade de conteúdos, narrativas e entendimentos separados. A partir dos próximos anos veremos cada vez mais conteúdos divididos, porém integrados no seus propósitos.
divisão de conteúdo em canais apropriados é importante, porém mais importante ainda é saber porque eles são divididos essa maneira.

3. Criação de contextos e experiências

É muito estranho quando vemos algum conteúdo solto por aí, sem amarras ou melhor, sem contexto claro. Publicar apenas por publicar é algo que não traz benefícios a ninguém. Esta é uma das coisas que começa a mudar em 2015.
Várias empresas já perceberam a importância que a experiência do consumidor tem dentro da jornada dele e no relacionamento junto à marca. Como você já deve ter percebido, cada um dos pontos que falamos até agora têm relação entre si.

4. Autenticidade e transparência

É preciso ter bastante claro que para contar uma história, devemos ser transparentes e autênticos. De nada adianta construir narrativas lindas e todas elas serem baseadas em uma mentira que soou simpática. O público sempre vai descobrir.
Quanto mais transparente e autêntica for a sua histórica, mais identidade você cria com a sua audiência. As pessoas esperam fatos com os quais possam criar laços. Cada vez mais vamos ver histórias contadas pelos consumidores. Dar este poder a eles é fantástico.

5. Data driven content

Em 2013 e 2014 ouvimos muito sobre Big Data. Agora, é hora de começarmos a olhar para todos esses dados e começarmos a entendê-los de forma produtiva e que ofereçam informações e oportunidades de criarmos e distribuirmos conteúdos cada vez mais personalizados para a nossa audiência.
Por isso, comece a pensar melhor sobre os seus KPIs e metas. Eles fazem toda a diferença para entender melhor quais conteúdos você poderia oferecer.

6. Estratégias palpáveis

Outra tendência que tem se tornado mais factível é a compreensão de que as estratégias de marketing precisam ser documentadas. Assim, quando alguém tem alguma dúvida, existe um plano traçado para servir de referência. Segundo o Content Marketing Institute, este é um fator determinante de sucesso.

7. Amplificação paga

Lá fora muitas empresas já entenderam que a internet não é de graça. Entretanto, aqui no Brasil ainda são poucas as organizações que entendem este fato na sua totalidade. É preciso investir como se faz em qualquer outra mídia. Assim é possível testar, otimizar e planejar para obter resultados ainda melhores.

8. A venda acontece naturalmente

Já é um movimento que vem acontecendo lá fora e deve começar a despontar no Brasil. É hora de tirarmos o pé do acelerador das vendas e das promoções. O discurso vendedor, o copywriting e todos os outros artifícios são importantes, porém é ainda mais valioso cuidar de quem já é seu cliente e responder aquelas pessoas que ainda não são.
Mostre que você está precupado com todas essas questões e não só vender, vender e vender.

9. Mobile, mobile, mobile

O número de celulares e tablets com acesso móvel à internet no Brasil já ultrapassou o número de computadores. Isso quer dizer alguma coisa não? Boa parte das 5 horas que o brasileiro passa conectado é em redes sociais ou buscando diversão e entretenimento no seu dispositivo móvel.
Como a sua empresa está pensando nisso? É preciso adequar o seu site, blog e também o seu conteúdo para ser consumido nessas plataformas.

10. O e-mail marketing nunca esteve morto

E todos precisamos admitir isso. Além de ser o canal mais próximo do seu consumidor, é o principal meio de conversões que você pode trabalhar. Por isso, investir na construção de uma lista forte é imprescindível para quem quer se dar bem em 2015.
Entretanto, lembre-se: jamais compre uma lista! Pode parecer prático, mas as chances de converter são mínimas.
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Bom, é hora de desejar um excelente final de ano e um 2015 de muito sucesso a todos!