quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O "Compre, compre, compre!" Não é nas Redes Sociais.


Participando do Social Media Week (SMW) em São Paulo nesta semana, tenho acompanhado uma série de debates muito interessantes sobre o tema redes sociais e suas vertentes. Na verdade está dando para percebermos que tudo ainda está muito em aberto na discussão do que é uma rede social, para o que serve e quais são as maneiras de melhor utilizá-las no universo do Marketing?
Até aqui muita coisa foi discutida, inclusive que mídia social não é mídia, mas sim um ambiente de relacionamentos/socialização. Ontem mesmo, durante o debate “Mitos e Verdades das Métricas e do ROI em Mídias Sociais” a conversa migrou para um tema que poderia ter gerado um debate muito interessante sobre a utilização das redes sociais como veículo de vendas ou de relacionamento das marcas com as pessoas.
A maioria dos debatedores apresentou suas opiniões favoráveis à utilização das redes sociais como ferramenta de divulgação das marcas e de vendas de seus produtos/serviços, porém o Renato Shirakashi (Scup) opinou de forma contrária, defendendo que as redes sociais são mais apropriadas para um relacionamento mais duradouro com as pessoas/consumidores e não para as vendas.
Eu concordo com a sua posição, entendendo que para as vendas devemos utilizar-se das mídias tradicionais. As redes sociais são formatadas e propícias para a geração de relacionamentos com as pessoas e nelas as marcas devem ter uma ação mais subliminar, como:
· Observar o que as pessoas estão falando delas;
· Mensurar o “sentimento” (favorável, desfavorável ou neutro) do que está sendo postado;
· Identificar possíveis “evangelizadores” e “detratores” da marca e atuar estrategicamente conforme o caso;
· Procurar detectar interesses e necessidades mais comuns para melhor adaptar seus produtos/serviços aos interesses dos consumidores;
· Informar sobre seus produtos/serviços, oferecer dicas de utilização dos mesmos, propor interações, responder de forma rápida e transparente a questionamentos e reclamações.
Com a correta utilização das redes sociais as empresas podem evoluir para novos formatos de rel acionamentos com o seus públicos através de um SAC 2.0 e do CRM Social. A máxima é interagir, comunicar, escutar, entender, se antecipar ao mercado e ser, sempre, relevante.
O consumidor atual é muito mais exigente e bem informado. Ele busca todo tipo de informação na Internet antes de se decidir pela compra de um determinado produto. As redes sociais são um campo fértil para ele interagir com pessoas e marcas em busca de uma decisão de compra mais segura, mas o consumidor não busca nas redes sociais algo parecido com o bordão “Compre, compre, compre!” do Ciro Bottini do canal Shoptime.
Da mesma forma como erraram os candidatos nas ultimas eleições que pediram votos diretamente pelo Twitter,  Fabebook e Orkut para o eleitorado, erram as marcas que visam apenas vender mais através das mídias sociais.
Renato Serra

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